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Chuva de meteoros atinge pico nesta semana; veja quando e como observar no Brasil

Por Estadão

Chuva de meteoros Geminídeas atinge pico nesta semana. Foto ilustrtiva. Foto: noon@photo/Adobe Stock

A chuva de meteoros Geminídeas poderá ser observada nesta semana de diversas parte do mundo. No Brasil, as regiões mais ao Norte serão as mais privilegiadas. “Será também a maior de 2024, vista do Hemisfério Sul, com até 150 meteoros por hora no pico, nas condições ideais, mas desta vez a proximidade da Lua cheia irá diminuir a visibilidade de seus meteoros”, acrescenta o Observatório Nacional.

Quando a chuva de meteoros Geminídeas atingirá o seu pico?

As Geminídeas ocorrem anualmente entre os dias 2 e 21 de dezembro, mas neste ano atingirá o seu pico nas noites de quinta-feira, 12, para sexta-feira, 13, e sexta para sábado, 14.

  • Recomenda-se observação após a meia-noite de sexta para sábado. As regiões mais ao Norte do Brasil serão mais privilegiadas.
Chuva de meteoros Geminídeas atinge pico nesta semana. Foto ilustrtiva. Foto: noon@photo/Adobe Stock

A chuva, que é reconhecida como a mais intensa do ano, deve seu nome à constelação de Gêmeos, onde está seu radiante. O radiante é o ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir, de acordo com o observatório.

“Nestas noites, a Lua estará quase cheia – com mais de 90% de iluminação, o que reduzirá substancialmente a visibilidade de meteoros. Ainda assim será possível observar um bom número de eventos, especialmente se o céu estiver limpo”, afirma o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional.

Segundo o astrônomo, as Geminídeas são conhecidas por sua luminosidade, intensidade, cores intensas e principalmente pela produção de bólidos (ou fireballs). No entanto, a velocidade dos meteoros, de cerca de 35 quilômetros por segundo, não favorece a formação de rastros persistentes.

“Uma característica interessante desta chuva é que ela pode ser observada antes da meia-noite, pois o radiante já está bem posicionado a partir das 22h em regiões mais ao Norte do País. Isso torna a observação mais acessível, especialmente para quem prefere não virar a noite. No Hemisfério Sul, o espetáculo ocorre com menor intensidade, sendo melhor e mais visível no meio da madrugada”, ponderou Marcelo.

Mapa de visibilidade noturna durante a máxima atividade da chuva. Recomenda-se observação após a meia-noite de sexta-feira, 13, para sábado, 14. As regiões mais ao Norte do Brasil serão mais privilegiadas. Foto: Reprodução/Observatório Nacional

Conforme Luciana Fontes, colaboradora do Exoss, diferentemente de outras chuvas de meteoros, que geralmente são associadas a cometas, as Geminídeas têm como objeto parental o asteroide 3200 Phaethon.

“Este corpo celeste, quando mais próximo ao Sol, ejeta grãos e partículas que ao longo das eras acabam por penetrar na atmosfera terrestre e produzem os belos rastros luminosos no céu. E, conforme as últimas pesquisas, a atividade desta chuva está aumentando a cada ano, tendo a perspectiva de atingir seu máximo em torno de 2050″, disse ela.

A chuva de meteoros Geminídeas poderá ser observada nesta semana de diversas parte do mundo. No Brasil, as regiões mais ao Norte serão as mais prestigiadas. Foto ilustrativa. Foto: Suriyan Tejasurintr

Como observar a chuva de meteoros Geminídeas?

Os astrônomos recomendam ir para locais com pouca poluição luminosa, direcionando o olhar para longe da Lua, que infelizmente estará muito brilhante nas noites de pico.

Mesmo com o impacto da luminosidade lunar, é possível que meteoros mais brilhantes e bólidos sejam visíveis, especialmente nas primeiras horas da madrugada.

“É importante esperar até que os olhos se adaptem à escuridão — cerca de 20 minutos são suficientes. Não é necessário o uso de telescópios ou binóculos. O ideal é deitar em uma cadeira de praia e sentir-se confortável para esperar que os meteoros apareçam”, aconselha o Observatório Nacional.

As chuvas de meteoros são fenômenos dos mais apreciados pelos interessados por astronomia. “Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço”, destaca o observatório.

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