Policial civil e economista de formação, Rennan Biths é o novo secretário de Saúde da gestão do prefeito Tião Bocalom. Nomeado na última quarta-feira (11), o gestor assume o cargo que estava sendo ocupado, temporariamente, pelo secretário de Gestão Administrativa, Jonathan Santiago.
Rennan tem especialização em Gestão de Segurança Pública e em Economia Regional e Políticas Públicas. Já exerceu a função de Diretor de Planejamento na SEJUSP e na SEPLAG, além de Diretor de Administração Geral da PCAC. Também já foi assessor especial do gabinete da vice-governadora Mailza Assis, antes de ingressar na gestão de Bocalom e coordenar a campanha do prefeito nas últimas eleições.
A escolha de Biths é fruto de uma ampla discussão entre Bocalom e o União Brasil (UB), partido que faz parte da base do prefeito e responsável pela indicação do nome para a pasta. O novo secretário já se filiou ao UB, a convite de Fábio Rueda, que preside a sigla.
O ContilNet procurou Rennan Biths para uma entrevista. Confira na íntegra!
Como foi receber e aceitar o convite do prefeito?
“Participei ativamente do processo eleitoral do prefeito, ao aceitar o convite de coordenar sua campanha, e, desde então, acabei criando uma certa afinidade de trabalho com ele. A gente interagiu muito e desenvolveu essa facilidade de trabalhar junto. Quando a campanha terminou, eu tinha a expectativa de participar da equipe, mas sem nenhum indicativo ou decisão de qual posição seria. Fiquei ali trabalhando na Casa Civil, auxiliando o Waltim, e, a partir disso, veio a alteração que o prefeito escolheu fazer na Semsa. Lá existe uma aliança com o UB. Fui sondado, tanto pelo Fábio Rueda quanto pelo prefeito, sobre assumir o cargo. Aceitei com o coração cheio de alegria e entusiasmo”.
Você já está filiado ao União Brasil?
“Hoje, estou filiado ao UB. Fiz parte de toda essa construção e assumi a secretaria anteontem. Estou trabalhando desde lá. Estou dentro dessa construção política com o União Brasil, mas sempre tendo muita clareza e entendimento de que o líder desse processo é o prefeito Tião Bocalom. Estou na condição de secretário por uma decisão dele, com apoio do UB”.
Há questionamentos, especialmente dentro da oposição, sobre seu preparo para o cargo e sobre o fato de você não ter nenhuma formação na área de Saúde. O que tem a dizer sobre isso?
“Observo isso com muita naturalidade. A oposição está fazendo seu papel. Muito dificilmente, vão elogiar ou aplaudir o que vem da gestão. Infelizmente, a oposição que temos hoje é muito raivosa, sem qualificação no debate. O que temos que fazer é lutar pela melhoria do SUS. Eu sou economista de formação e nós temos, na história do Brasil, alguns exemplos de economistas que deram grandes contribuições para as políticas públicas de Saúde. Além disso, tenho vasta experiência na gestão pública, em diversos cargos, e minha área de formação engloba planejamento, captação de recursos e elaboração de projetos. Agora, tenho a possibilidade de colocar tudo isso em prática”.
Quais desafios você vê pela frente?
“A saúde é uma área que tem grande vantagem, do ponto de vista das políticas públicas, porque ela possui uma estrutura e um marco legal muito bem estabelecidos. Temos o SUS e toda a legislação que regulamenta todos os procedimentos e serviços. Isso facilita muito o exercício da gestão. O desafio é ser alguém que consegue mobilizar os recursos humanos, materiais e financeiros para que seja criado um ambiente favorável e os servidores que estão na ponta consigam desempenhar seus papéis. Eles são os grandes protagonistas da missão de levar o melhor serviço à população”.
Quais são suas prioridades?
“Nossa prioridade sempre será garantir o bom funcionamento das nossas unidades de saúde, distribuídas em todo o território da nossa capital. É garantir que essas portas estejam sempre abertas e que as estruturas estejam equipadas com os melhores profissionais e insumos necessários. Temos que oferecer o melhor atendimento possível à nossa população. Temos que fazer o feijão com arroz bem feito. Temos também um olhar cuidadoso e especial para as ações que envolvem a vigilância sanitária, especialmente no combate à dengue. Queremos que a saúde esteja sempre acessível à população”.