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Daniel Silveira: ex-deputado não pode usar redes sociais e ter contato com Bolsonaro; veja restrições

Por O Globo

O ex-deputado Daniel Silveira tem uma lista de restrições a seguir para manter sua liberdade condicional, concedida nesta sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STFAlexandre de Moraes. Umas das medidas importas foi a proibição de contato com todos os investigados na apuração sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, o que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Silveira é aliado.

Em 2022, Daniel Silveira passou a noite na Câmara para evitar tornozeleira eletrônica — Foto: Cristiano Mariz / O Globo

Ao estabelecer medidas cautelares, Moraes afirmou que são necessários requisitos além dos tradicionais, devido ao ex-parlamentar “ter praticado os gravíssimos crimes contra o Estado Democrático de Direito e as Instituições Republicanas”.

As medidas são:

  1. Utilização de tornozeleira eletrônica
  2. Recolhimento noturno e no fins de semana
  3. Proibição de se ausentar de sua comarca
  4. Comprovação de trabalho
  5. Comparecimento semanal ao Juízo das Execuções Penais
  6. Proibição de utilizar redes sociais
  7. Proibição de conceder entrevistas sem prévia autorização judicial,
  8. Vedação à posse ou porte de qualquer arma de fogo
  9. Proibição de contato com Jair Bolsonaro e outros investigados por suposta tentativa de golpe
  10. Proibição de frequência a clubes de tiro, bares, boates e casas de jogos

Daniel Silveira está preso desde fevereiro de 2023. O benefício foi concedido a Silveira porque ele já cumpriu um terço da sua pena, de oito ano e nove meses de prisão. Além disso, pagou a multa imposta.

Em sua decisão, o ministro ressaltou que o ex-parlamentar teve bom comportamento na prisão, “sem cometimento de qualquer falta disciplinar”, e também demonstrou um “bom desempenho” no trabalho realizado no regime semiaberto.

Silveira está preso desde o dia 2 de fevereiro de 2023, um dia após o término do seu mandato de deputado federal. Em 2022, ele foi condenado a oito anos e nove meses de prisão, por ameaças e incitação à violência contra ministros da Corte. A pena do ex-parlamentar chegou a ser perdoada pelo então presidente Jair Bolsonaro, mas a medida foi anulada no ano passado pelo STF.

Em outubro, Moraes autorizou a progressão de regime para Silveira, que passou para o semiaberto. Ele transferido, então, para a Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé, no Rio de Janeiro.

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