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Emenda de Alan Rick que pretende acabar com o Revalida beneficia médicos formados no exterior

Por Matheus Mello, ContilNet

Uma proposta do senador Alan Rick (União Brasil) pode dispensar médicos formados no exterior do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, o chamado Revalida. A iniciativa é uma emenda ao Projeto de Lei 2.294/24 do senador Marcos Rogério (PL-RO), que torna obrigatória a aprovação no exame de proficiência para o exercício da medicina no Brasil e inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM).

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Alan Rick/Foto: Ascom

Alan entende que é injusto que médicos formados no exterior sejam submetidos a uma dupla avaliação para poderem atuar no Brasil. A emenda prevê que apenas o exame de proficiência seja obrigatório.

“Este exame vai assegurar que os profissionais formados dentro ou fora do Brasil, com a competência necessária, exerçam a medicina com segurança e qualidade”, ressaltou Alan Rick.

O senador acreano entende que a aplicação do exame nacional é “uma alternativa importante para o país”, uma vez que o número de universidades cresce a cada ano. Dados do governo federal mostram que, em 2020, o país contava com 357 escolas médicas que, juntas, ofereciam 37.823 vagas de graduação.

“A aprovação no Exame Nacional já demonstra a competência do profissional, tornando dispensável submetê-lo a mais um exame de revalidação para que possa exercer a atividade. Esta exigência adicional apenas acrescentaria uma carga financeira e administrativa sem benefícios claros, criando obstáculos desnecessários para os médicos que buscam contribuir com o sistema de saúde brasileiro”, acrescentou o parlamentar.

Alan afirmou que facilitar a vida dos médicos formados no exterior também é uma forma de ampliar os serviços de saúde para todo o Estado.

“Eu moro no Acre e, constantemente, tenho conhecido a realidade de outros estados da Amazônia e é nítida a diferença entre a oferta de médicos nas capitais e no interior. Eu visitei os 22 municípios do Acre para conhecer a realidade de cada hospital do nosso estado e, hoje todos os hospitais estão sendo reformados, ampliados e equipados têm recursos nossos, porque foi um dever cumprido. Agora, o grande problema do Brasil é garantir a atenção médica nos municípios mais afastados.”, finalizou.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) pediu vista e a votação do projeto de Lei foi adiada. O texto do PL garante ainda que ficarão dispensados da realização do Exame Nacional de Proficiência em Medicina: os médicos com inscrição em Conselho Regional de Medicina homologada em data anterior à de entrada em vigor da Lei e os estudantes que ingressarem em curso de graduação em Medicina, no Brasil, em data anterior à de entrada em vigor da Lei.

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