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Empresa de créditos de carbono vai abrir filial no Acre em 2025; conheça a Cash Carbon

Por Vitor Paiva, ContilNet

O mercado de carbono vem se tornando uma boa oportunidade para quem quer alinhar crescimento financeiro com o cuidado com o meio ambiente e impacto social. Visando explorar este mercado que ainda tem muito espaço para crescimento no estado, a Cash Carbon veio ao Acre para construir parcerias e negócios.

O mercado de créditos de carbono deve ter grande expansão após a COP 30, em Belém/Foto: Adobe Stock

João Paulo é o criador da empresa e está pela terceira vez Acre. Com uma estadia que vai durar mais de dois meses, ele está buscando donos de terras ou políticos locais que possam ajudar com políticas voltadas a este mercado e novos parceiros para investir nos créditos de carbono.

São ao todo mais de dois meses aqui, conversando, batendo de porta em porta e tivemos muito sucesso atingindo muitas pessoas, falamos com muitos proprietários,  muitos empresários e até mesmo com forças políticas, que entenderam o propósito e possam tirar principalmente os mitos e inverdades que existem em cima desses projetos”, disse o criador da Cash Carbon.

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O empresário, natural do interior de São Paulo, na cidade de Araçatuba, afirma que já encontrou oito ou nove áreas promissoras para a produção de créditos de carbono dentro delas, com quatro já tendo fechado negócios, e reforça que esta é uma maneira dos proprietários de terras conseguirem monetizar a floresta em pé, sem precisar derrubá-la.

“Esses quatro primeiros que já fechamos deve girar em torno de 100 mil hectares, mas nós já temos outras quatro ou cinco na fila, com trabalhos já encaminhados, que somados devem totalizar cerca de 200 mil hectares já em 2025”, revela ele.

João Paulo junto de seus novos parceiros comerciais, Roberto da Princesinha à direita e Fernando Melo à sua esquerda/Foto: ContilNet

Sobre os valores, João Paulo diz que uma das propriedades analisadas têm em torno de 33 mil hectares, e que o projeto dentro dessas terras pode chegar a render R$ 70 milhões apenas para o dono da área, dentro de 15 a 20 anos, caso os valores fiquem estagnados nos praticados atualmente.

Anualmente, os valores podem girar em torno de R$ 3.5 milhões a R$4.666 milhões anuais para o dono da propriedade. Caso o mesmo valor seja aplicado em todas as áreas já aprovadas, o valor giraria em torno de 210 milhões para os donos. Até 2025 a área, e consequentemente os valores, podem dobrar. 

Para além dos negócios, o idealizador do projeto comenta sobre os encontros realizados com políticos locais, para a desburocratização no processo de regulamentação de certos documentos das terras, que precisam ser apresentados para a implementação dos projetos de crédito de carbono nas propriedades, sendo esta a principal dificuldade encontrada até o momento.

“Os políticos entenderam que além de ajudar em um mercado novo, eles vão resolver um problema antigo, onde as pessoas têm o documento principal da terra mas faltam muitos outros o que dificulta na hora de trabalhar com a área”, explica.

Os principais nomes citados pelo empresário são o deputado estadual Pedro Longo e o senador da república, Sérgio Petecão. O empresário explica que as mudanças na política vem para facilitar nos processos legais, podendo impactar mais áreas no estado.

Pedro Longo e Sérgio Petecão são duas das figuras políticas que tem tido atenção especial para o novo mercado/Foto: Reprodução

Para facilitar e potencializar ainda mais as atuações dentro do território acreano, João Paulo revela que, logo nos primeiros meses de 2025 deverá abrir um escritório no estado do Acre, para aproximar as negociações e suporte da empresa dos donos de terra locais que desejarem viabilizar um projeto de créditos de carbono junto a Cash Carbon.

Em território acreano, João Paulo terá dois grandes parceiros para abrir a primeira filial da Cash Carbom, sendo eles Roberto da Princesinha, empresário já conhecido na capital acreana, dono do restaurante A Princesinha, e o ex-deputado estadual, entre 2003 e 2008, Fernando Melo.

“Então o que a gente tem agora é uma maneira de convencer os produtores e proprietários de terras para não desmatar, para manter a floresta em pé e que vai mexer no bolso deles né, de maneira positiva”, explicou Melo sobre o começo da atuação dentro do mercado.

Já o empresário à frente da Princesinha diz que, para além de acreditar na oportunidade de mercado, ele mesmo teria sido o primeiro cliente da Cash Carbon no estado, e por isso se interessou em investir na nova modalidade de negócios.

“Tenho uma área de quase 20 mil hectares, comecei negociar com a Cash Carbon e ao longo do tempo nossa relação foi se estreitando e hoje nós temos uma sociedade através de um contrato de parceria”, explicou o empresário.

Roberto explica ainda que sempre pensou em como manter o homem do campo em seu local de trabalho, mas com melhores condições de vida. 

“Sempre eu fui a favor de segurar o homem no campo no campo, mas com dinheiro do bolso e mantendo a floresta em pé, com as pessoas morando lá. Muitos nascem nesse espaço e não veem perspectiva de melhora, vamos levar maiores condições de vida e ajudar o meio ambiente ao mesmo tempo”, explica.

Por fim, João Paulo agradece aos novos parceiros e diz que eles têm tido uma atuação essencial para que consigam atuar em território acreano.

“É muito bom ter pessoas respeitadas dentro do estado, os produtores e figuras políticas têm mais confiança de lidar e normalmente, eles querem encontrar essa pessoa aqui então essa nova base vai ser importante. Tenho certeza que eu escolhi as pessoas certas e fui escolhido por elas também, pra buscarmos esse resultado grandioso que teremos”, encerra João Paulo, exaltando a nova parceria.

Aos interessados, os telefones de contato com a Cash Carbon são os seguintes: ‪(68) 99212‑5640/(18) 99633-4102

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