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Golpista é presa após assaltar turistas com droga que ‘apaga a memória’

Por Extra

Uma mulher acusada de roubar turistas estrangeiros com uma droga que apaga a memória das vítimas foi presa nesta semana em Medellín (Colômbia).

Carolina Meija Montoya foi apelidada de Rainha da Escopalamina pela polícia por causa do uso da substância, também conhecida como “Sopro do Diabo”, burundanga ou borrachera. É uma espécie de “Boa noite, Cinderela”, mas ainda mais potente.

Carolina Meija Montoya, de 27 anos, atacava estrangeiros em Medellín — Foto: Reprodução/X

A substância é extraída de uma planta com flores brancas em forma de sino, com propriedades relaxantes presentes em medicamentos contra dor. No entanto, a mistura com outros químicos resulta em um pó inodoro e sem sabor que é dissolvido facilmente em bebidas e comidas sem a vítima conseguir detectar pelo paladar ou pelo olfato. O “Sopro do Diabo” faz com que a vítima perca a total autonomia sobre o seu corpo. Em face à vulnerabilidade, a vítima passa informações pessoais, bancárias, bens valiosos aos criminosos antes de ‘apagar’ e esquecer quase tudo o que ocorreu na noite anterior.

Com a droga, Carolina incapacitava as suas vítimas, que acabavam não se recordando do que lhes havia acontecido.

“Uma mulher conhecida como Rainha da Escopolamina foi presa em Medellín. Esta mulher de 27 anos está envolvida em pelo menos oito casos de roubo usando substâncias químicas”, afirmou o porta-voz da Polícia Metropolitana de Valle de Aburra, que cobre Medellín, na rede X.

Carolina Meija Montoya (à esquerda) com uma das suas vítimas (ao fundo) — Foto: Reprodução

Apesar de estar prisão domiciliar após ser condenada a 9 anos de detenção por furto, porte ilegal de armas de fogo e uso de menores para atividade criminosa, Carolina praticava novos crimes livremente pelos bairros mais nobres de Medellín.

Com a ajuda de comparsas, Carolina agia seduzindo homens em bares e boates e os convidando para hotéis e apartamentos a fim de beber e “algo mais”, de acordo com o site “Ruta Notícias”. A substância acabava na bebida das vítimas, que eram roubadas enquanto estavam inconscientes.

A substância desaparece da corrente sanguínea em cerca de quatro horas, o que significa que muitas vezes se torna indetectável antes que a vítima tenha tempo de ser testada. Em altas doses, ela pode ser letal. Há mortes associadas à sua overdose. Segundo o jornal “El Tiempo”, a embaixada dos EUA estima que oito cidadãos do país morreram em decorrência do uso de burundanga em Medellín, seja por overdose ou homicídio associado ao uso da substância.

Carolina Meija Montoya presa em Medellín — Foto: Reprodução

A criminosa teria roubado o total de R$ 230 mil das suas vítimas.

Três membros da sua quadrilha já haviam sido presas em maio. Carolina estava foragida e ainda aplicando golpes.

 

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