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“Kids pretos” serão transferidos para prisão em Brasília em voo da FAB nesta quinta (5)

Por CNN Brasil

O general Mario Fernandes e o tenente-coronel Rodrigo Azevedo, suspeitos de participação de uma trama de golpe de Estado de 2022, serão transferidos nesta quinta-feira (5) para a prisão em Brasília em um voo da Força Área Brasileira (FAB).

O trajeto dos dois militares das Forças Especiais, chamados de “kids pretos”, terá a escolta de integrantes do Exército do Comando Militar do Planalto (CMP), onde ambos ficarão detidos em unidades militares.

Dois militares das Forças Especiais, chamados de “kids pretos”/Foto: Reprodução

Os militares estão presos no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, desde o dia 19 de novembro, quando foram alvos da Operação Contragolpe da Polícia Federal, que mirou quatro militares e um policial federal por suspeita de tramar a execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A transferência dos militares foi autorizada na segunda-feira (2) pelo ministro Alexandre de Moraes, que também foi favorável a liberação para que os acusados possam receber visita de familiares, esposas e filhos. Pela decisão, outros visitantes precisarão de uma autorização especial do magistrado.

Segundo a CNN apurou, chegou a ser cogitada que transferência fosse realizada em uma viagem de carro entre o Rio e Brasília.

Já indiciado pela PF, o general da reserva Mario Fernandes teria sido o responsável pela elaboração do planejamento operacional “Punhal Verde Amarelo”, ação clandestina que visava assassinar Moraes, Lula e Alckmin.

Nesta quarta-feira (4), a nova defesa do general Mario Fernandes negou que o militar avalie fazer uma delação premiada. Porém, disse que o documento apontado pela investigação como um plano golpista jamais foi entregue a ninguém.

“Esse documento foi encontrado pela PF no HD do computador do general Mario Fernandes e não foi entregue a ninguém. Não há uma minuta física”, disse à CNN o advogado Marcus Vinícius Figueiredo.

O relatório final da PF aponta que documento com o “planejamento operacional” para realizar o assassinato foi impresso pelo general da reserva no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada.

Já o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo foi ouvido pela PF em 28 de novembro e negou fazer parte do plano “Punhal Verde Amarelo”. Conformou mostrou a CNN, ele deve ser o 38º indiciado pela tentativa de golpe.

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