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Márcio Bittar reprova fala do ministro Gilmar Mendes sobre o Acre

Por Tião Maia, ContilNet

O senador Márcio Bittar (UB-AC) manifestou-se indignado, neste sábado (21), ao saber que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), referiu-se ao Estado do Acre de forma pejorativa ao tecer comentários sobre a tese do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus seguidores ao negarem a articulação para um golpe de Estado após às eleições de 2022.

Márcio Bittar reprova fala do ministro Gilmar Mendes sobre o Acre — Foto: Carlos Moura/STF/01-06-2023

As declarações do ministro foram feitas em entrevista ao site Metrópoles, de Brasilia, na qual o ele discorda da tese bolsonarista e reafirma ter havido, sim, preparação para o golpe de Estado.

“Não eram pessoas que estavam lá no Acre num exercício lítero-poetico-recreativo”, disse o ministro.

Nas redes sociais, assim que a matéria do ContilNet sobre o assunto foi ao ar, seguidores do ministro passaram a divulgar que o magistrado foi mal interpretado pela reportagem e que ele, no fundo, estaria se referindo à Revolução dos Poetas, movimento do início do século passado em que um grupo de boêmios alugaram um barco no Porto de Manaus (AM) e singraram o Amazonas e o Purús em busca do Acre, a fim de expulsar os bolivianos do território.

“Erra ao manifestar preconceito e em dar palpite numa matéria em que ele deve ser um dos julgadores”, disse o senador/Foto: Reprodução

O que seria uma revolução não deu certo porque, contam historiadores, o batelão que transportava os revolucionários carregava ais garrafas de bebidas do que armas e munição.

Para Márcio Bittar, a declaração de Gilmar Mendes nada tem a ver com isso. “E o manifesto da elite atrasada sobre o que pensam sobre o Acre”, disse o senador. “O ministro está errado nos dois aspectos: ao manifestar preconceito contra um Estado-mebro da Federação, onde ele tem inclusive amigos e colaboradores como o ex-governador Jorge Viana, e por dar opinião política sobre um fato no qual deve ser um dos julgadores. Se ficasse calado, o ministro faria um grande favor à nação brasileira e ao bom senso”, afirmou.

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