O novo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (20) mostra que, em um ano, houve aumento de 4,5% nos casos de HIV em todo o Brasil. Por outro lado, o Acre registra estabilidade nas mortes por Aids entre 2013 e 2023.
A pasta informou que o número também “demonstra aumento da capacidade de diagnóstico dos serviços de saúde brasileiros”.
Apesar do aumento da detecção de casos – diretamente ligado ao fato de algumas pessoas se testarem pela primeira vez – a taxa de mortalidade por aids foi de 3,9 óbitos, a menor desde 2013, em todo o Brasil, destaca o boletim.
Nos últimos dez anos, essa taxa se manteve estável no Acre e foi de 2,3 óbitos. Em 2023, o Acre registrou 21 mortes pela doença. Entre as capitais, Rio Branco também apresentou uma taxa inferior a nacional, com 2,7 óbitos.
“A eliminação da aids como problema de saúde pública até 2030 compõe uma das metas do Brasil Saudável, programa do governo federal com o objetivo de eliminar ou reduzir 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social. O Brasil foi o primeiro país do mundo a lançar uma política governamental com esse foco”, diz o Governo Federal.
Quanto ao perfil das pessoas que concentram a maioria dos casos de infecção pelo HIV em 2023, os dados apontam que 70,7% foram notificados em pessoas do sexo masculino, 63,2% ocorreram em pessoas pretas e pardas, e que 53,6% em homens que fazem sexo com homens. A razão de sexos é de 2,7 casos em pessoas do sexo masculino para cada caso do sexo feminino. A faixa etária com mais casos, 37,1%, é a de 20 a 29 anos de idade, sendo que, no sexo masculino, a mesma faixa etária concentra 41% dos casos. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações-chave esquecidas pelas políticas públicas no último governo.
A faixa etária com maioria dos casos de aids é a de 25 a 29 anos de idade, com 34%, seguida da de 30 a 34 anos, com 32,5%. Quando observado somente o sexo masculino, essas mesmas faixas etárias correspondem a 54,8% e 50,3%. Quanto à categoria de exposição, em 2024, 43,9% dos casos notificados da síndrome ocorreram entre pessoas do sexo masculino homossexuais e bissexuais.
Aids e HIV são questões diferentes; entenda
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HIVA sigla HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana. É um retrovírus que se multiplica e destrói os linfócitos T-CD4+, células de defesa do organismo. O HIV é uma infecção sexualmente transmissível (IST).
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AidsA sigla aids significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. É a forma mais grave da infecção pelo HIV e ocorre em estágios mais avançados da doença.
- Sexo vaginal, anal ou oral sem camisinha
- Uso de seringa por mais de uma pessoa
- Transfusão de sangue contaminado
- Da mãe infectada para o filho durante a gravidez, parto e amamentação
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados