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Pimenta: PDT pode sofrer nova derrocada em 2026 e ‘morrer’ politicamente no Acre

Por Matheus Mello, ContilNet

A coluna recebeu uma informação nesta semana de que o deputado estadual Pedro Longo pode estar de mala pronta para deixar o PDT. O parlamentar – um dos mais atuantes na Assembleia Legislativa -, deverá se filiar ao PSDB, do presidente Luiz Gonzaga. Se esse for o caminho definido, o PDT sofrerá mais uma derrocada, desta vez, que vai impactar diretamente as eleições estaduais de 2026.

Deputado Pedro Longo. Foto: Juan Diaz/ContilNet

Neste ano, pela primeira vez, o PDT, hoje presidido pelo secretário de Agricultura, Luís Tchê, não montou chapa e ficou de fora das eleições municipais em Rio Branco. O partido conseguiu sair da maior base na Câmara Municipal, com três vereadores, para zero. Isso tudo em apenas 4 anos.

Agora, além de Pedro Longo, é esperado que o PDT também perca outra deputada importante, Michelle Melo. A parlamentar, que hoje faz oposição ao Governo, deverá pousar no MDB de Marcus Alexandre, principalmente por conta da aproximação que os dois tiveram neste ano.

Maior bancada na Aleac

O partido pode repetir a mesma situação – vista na Câmara da capital neste ano – na Aleac daqui dois anos.

O PDT tem a maior bancada na Assembleia Legislativa, com quatro deputados. Desse total, dois já tem saída praticamente confirmada.

Sede do PDT, em Rio Branco/Foto: ContilNet

Os outros dois, ainda sem destino certo, podem deixar o partido com medo de não ter legenda em 2026, como aconteceu neste ano.

Marcus Cavalcante, o terceiro parlamentar na Casa, é irmão do ex-prefeito de Feijó, Kiefer Cavalcante, do Progressistas. O partido de Gladson, inclusive, poderia ser o destino de Marcus, principalmente por já ter abrigado o irmão.

O quarto deputado do PDT na Aleac é Chico Viga, que apesar de ter sido eleito pela sigla, já foi filiado a vários outros partidos. Ou seja, deixar o PDT não seria um problema.

Morte política

A morte política do PDT no Acre realmente é uma pena. Muitos culpam o secretário Luís Tchê – que inclusive lançou o filho Felipe Tchê como vereador pelo Progressistas – pela falta de articulação política.

Mas na verdade a ausência de unidade dentro do partido foi crucial para a derrocada. Agora, a cúpula da sigla ainda tem mais 2 anos para recolher os cacos e evitar uma queda ainda maior em 2026.

Aliança com o PSB

Vale lembrar que o PDT é um partido de esquerda e está na base do presidente Lula. Com Ciro Gomes – maior liderança do partido nacionalmente falando -, cada vez mais perto de sair da sigla, o partido se articula para uma federação com o PSB, que no Acre, tem como maior nome o ex-deputado Jenilson Leite.

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