Seja quem for o indicado, comando da Secretaria de Saúde vai permanecer com o União Brasil

Veja detalhes na coluna 'Pimenta no Reino', do jornalista Matheus Mello

O prefeito Tião Bocalom deve anunciar o novo secretário de Saúde de Rio Branco ainda nesta semana. O principal postulante ao cargo é Renan Biths, ex-assessor e um dos principais braços-direitos da vice-governadora Mailza Assis.

Renan Biths é policial civil/Foto: Reprodução

Apesar de ser um nome ligado ao Progressistas, a coluna apurou que caso seja nomeado novo secretário, Renan irá se filiar ao União Brasil, para manter a pasta sob o comando do partido. A indicação do novo gestor passa primeiramente ao ex-deputado federal Fábio Rueda, atual secretário de Relações Federativas e cabeça do União Brasil.

Trato é trato 

Vale lembrar que o União Brasil abriu mão de indicar o vice-prefeito na chapa de Bocalom para dar espaço ao Progressistas, de Alysson Bestene. É justamente por isso que o partido jamais cederia a Secretaria de Saúde, uma das mais importantes do alto escalão da Prefeitura. Seria perder um espaço generoso na gestão municipal. 

Alysson e Bocalom em evento na sede do União Brasil em Rio Branco/Foto: Reprodução

O prefeito Bocalom sabe disso e também entende o tamanho do União Brasil, que terá uma das maiores bancadas na Câmara Municipal a partir de 2025, com três vereadores. Perder esses parlamentares é uma questão fora de cogitação. Além disso, trato é trato. O acordo envolvendo a Saúde já havia sido costurado há muito tempo e Bocalom é conhecido por manter seus acordos até o final.

Prova disso foi quando decidiu não reconduzir a ex-secretária Sheilla Andrade ao cargo, por justamente ser membro de outro partido. Ela é filiada ao PL, sigla do próprio Bocalom. A regra é clara: a Saúde é solo sagrado do União Brasil.

Outros postulantes 

Se Biths não for oficializado como novo secretário, o União Brasil tem outras cartadas para indicar ao cargo. Entre eles – dois vereadores. O primeiro, o médico Raimundo Castro, que não conseguiu se reeleger nas eleições deste ano. 

Quem também quis se emplacar foi o vereador Rutênio Sá, que apesar de se reeleger, não via problema em se licenciar do cargo para assumir a pasta. O acordo ainda engloba o vereador Ismael Machado, que assumiria a cadeira caso Rutênio se afastasse.

Todos esses movimentos são discutidos internamente dentro do partido.

Vale lembrar que o União Brasil foi considerado a chapa da ‘desilusão’ nas eleições deste ano. Quatro vereadores com mandato – Ismael Machado, Raimundo Castro, Lene Petecão e Francisco Piaba – ficaram de fora e não conseguiram se reeleger pelo partido. Haja espaço na prefeitura para abrigar todos eles. 

Mirando em outra disputa 

O União Brasil ainda é o epicentro de outra disputa interna da Prefeitura de Rio Branco. O partido protagoniza uma batalha pela cadeira da presidência da Câmara Municipal.

De lá, o vereador Joabe Lira, o mais votado do partido nas eleições deste ano, quer sentar na cadeira. Ao contrário, o vereador Samir Bestene, de outro partido aliado de Bocalom, o Progressistas do vice-prefeito Alysson Bestene, também é um nome no jogo.

Todos esses passos mostram que o União Brasil luta por espaço na gestão Bocalom. A questão é saber até quando o partido estará disposto a enfrentar essas batalhas internas na base do prefeito. Uma hora, quem muito apanha, cansa!

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