Rio Acre segue subindo e Governo corre para construir abrigos e restaurar pontos afetados por erosões

"Esses fenômenos têm ocorrido de forma progressiva e considerável", destaca o Governo em decreto de emergência

Rio Branco enfrenta, mais uma vez, os problemas anuais: aumento do nível do Rio Acre e erosões que ameaçam a vida de muitas pessoas.

O principal afluente da capital acreana já ultrapassou os 10 metros, segundo a última medição feita pela Defesa Civil, às 12h desta sexta-feira (27). Com o avanço do nível, o rio se aproxima da cota de alerta, que é de 12 metros, enquanto a cota de transbordamento é de 14 metros.

Rio Acre já passou dos 10 metros/Foto: Everton Damasceno/ContilNet

O ContilNet esteve no Calçadão do Novo Mercado Velho nesta sexta-feira para acompanhar de perto a situação. Além disso, a reportagem mostrou o trabalho das equipes técnicas do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), da Secretaria de Obras do Estado (Seop) e da Defesa Civil Estadual e Municipal, que estão empenhadas em recuperar dois pontos turísticos históricos de Rio Branco: o Calçadão do Novo Mercado Velho e a Passarela Joaquim Macedo.

A erosão já comprometeu boa parte do calçadão, com o solo cedendo cerca de 1 centímetro a cada dois dias. O mesmo fenômeno colaborou para o surgimento de brechas nas estruturas de concreto da passarela, que está interditada desde o último dia 28 de junho, devido ao risco à população.

O solo cede cerca de 1 centímetro a cada dois dias/Foto: Everton Damasceno/ContilNet

No dia 30 de julho deste ano, o Governo do Estado decretou emergência devido às erosões nas margens de vários rios, incluindo o Rio Acre, com destaque para a situação do calçadão.

“Estas áreas sofrem com a alternância entre os períodos de cheias e secas. Com o avanço e retrocesso do nível da água, material sedimentar, detritos e resíduos são carreados para os rios, entupindo os drenos e canais de drenagem, contribuindo significativamente para a formação de espaços vazios que geram voçorocas e movimentações de massa. Esses fenômenos têm ocorrido de forma progressiva e considerável”, destaca o documento.

A estrutura da passarela também foi afetada pela movimentação do solo/Foto: Everton Damasceno/ContilNet

Com o avanço do rio, a corrida contra o tempo intensifica-se, a fim de evitar que as obras sejam prejudicadas e que muitas famílias sejam novamente impactadas por uma possível alagação, que deve comprometer ainda mais os espaços turísticos da cidade.

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