O corpo do diarista José Ferreira de Oliveira, de 58 anos, foi encontrado na manhã deste domingo (22), jogado às margens da BR-317, na zona rural do município de Senador Guiomard, no interior do Acre. O acusado pela morte, identificado como Emerson Barbosa Teixeira, de 49 anos, foi encontrado na noite do mesmo dia, amarrado e gravemente espancado por golpes de ripa.
Segundo informações de testemunhas, o diarista José havia, há cerca de dois anos, recebido um convite de Emerson para morar na casa dele, onde a vítima teria mais facilidade para trabalhar na limpeza das propriedades rurais da região. Ainda segundo testemunhas, os dois anos foram marcados por brigas e confusões entre os dois. Como José era muito querido pelos moradores locais, a comunidade se mobilizou para tentar localizá-lo.
Um áudio que circulou nos grupos de WhatsApp da comunidade da Baixa Verde informava que Emerson teria se desentendido com José por conta de bebedeira. Nesse áudio, foi relatado que a vítima teria sido amarrada e torturada por pelo menos três dias e acabou morta. O corpo foi encontrado na manhã deste domingo, quando a Polícia Militar e a Polícia Civil foram acionadas, e o Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco recolheu o corpo.
Ainda no sábado, a comunidade, ao tomar conhecimento dos acontecimentos, prendeu Emerson em uma fazenda e o manteve amarrado enquanto aguardavam encontrar José para esclarecimentos. A ideia era soltar Emerson após o desfecho da busca. No entanto, durante um descuido, Emerson aproveitou o pretexto de sair para urinar e fugiu do local onde estava detido.
Na manhã de domingo, o corpo de José foi encontrado com marcas de tortura e espancamento, jogado às margens da BR-317.
Na tarde do mesmo dia, Emerson foi encontrado por motoristas que trafegavam no km 35 da BR-317. Ele estava amarrado e também havia sido brutalmente agredido. Policiais Militares do 4º Batalhão foram acionados e, ao chegarem ao local, solicitaram o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A ambulância de suporte básico nº 15 realizou os primeiros atendimentos. Emerson apresentava afundamento de crânio, traumatismo craniano encefálico (TCE) grave, marcas de golpes de ripa por todo o corpo e deformidades no rosto.
Mesmo em estado grave, Emerson chegou vivo ao Hospital Ary Rodrigues. No entanto, durante os preparativos da equipe de Traumatologia para entubá-lo, ele não resistiu e morreu.
Agentes de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) foram acionados e recolheram o corpo no hospital de Senador Guiomard, encaminhando-o para a sede do órgão em Rio Branco, onde passará por exames cadavéricos.