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Acqua Toffana: presa no RS tentava recriar veneno da Idade Média

Por Metrópoles

Durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (10/1), forças policiais do Rio Grande do Sul detalharam o caso de envenenamento que matou três pessoas da mesma família com arsênio. A suspeita é Deise Moura dos Anjos, que está presa.

De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS), a mulher realizava pesquisas na internet relacionada a venenos e tentar reproduzir uma substância chamada Acqua Toffana, usada na Idade Média geralmente para matar os maridos.

Segundo o delegado titular da Polícia Civil de Torres (RS), Marcos Vinicius Veloso, Deise fazia as buscas já procurando por álibis. “É que durante essa estação de dados, ela pesquisando é uma sequência: veneno, veneno para matar um ano. Até que ela chega nessa matéria de Acqua Toffana, que era um veneno geralmente usado para matar os maridos, antigamente. Só que essa receita nunca foi descoberta no mundo, a gente descobre compras dela na internet […] ela estava tentando refazer essa fórmula”, afirmou ele.

Reprodução

Assassina em série

A delegada responsável pela investigação do caso afirmou que “há fortes indícios de que a suspeita tenha cometido outros envenenamentos a pessoas próximas”.

“Não temos dúvida de que era uma pessoa que praticava homicídios em série. Ela não foi descoberta durante muito tempo e apagava as provas que pudessem levar até ela”, afirmou a delegada Sabrina Deffente.

O crime investigado resultou na morte de três familiares e na internação de outras quatro pessoas, incluindo a mulher que preparou o doce com farinha envenenada pela suspeita.

Dissimulada

A delegada destaca que Deise começou a envenenar familiares, iniciando pelo assassinato do sogro em setembro de 2024. A partir dessa morte, também por envenenamento com arsênio, “ela tenta, de todas as formas, realizar a cremação do corpo do sogro, não conseguindo isso, ela constrói outros relatos para tentar encobrir a morte do sogro. Toda a investigação para nós foi uma surpresa”.

“A senhora Deise é tão dissimulada que, mesmo não tendo uma relação boa com a família do esposo, logo após adquirir o arsênio, ela dizia que estava com saudade da sogra, que queria ver ela, queria ficar com ela, quando ela iria aparecer”, destaca a delegada.

O delegado Marcos Veloso afirmou que a suspeita tem “uma postura fria, uma resposta sempre na boca da língua, muito tranquila, não raras vezes a conversa entre delegado e o investigado foi ouvida. Passou a ser até uma conversa, foram vários momentos que foram muito tranquilos”.

Relembre o caso

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