A situação dos alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Acre (Ufac) escancara o abandono vivido pela comunidade acadêmica.
Desde que um trajeto foi improvisado em 2021 para facilitar o acesso ao bloco, o local permanece sem pavimentação ou melhorias, trazendo dificuldades aos estudantes.
Durante o período de verão, o calor intenso torna o percurso desgastante para aqueles que caminham até o Restaurante Universitário (RU) ou à Unidade de Ensino e Pesquisa em Medicina Veterinária (UEPMV).
As denúncias foram feitas pelos próprios estudantes de veterinária, na página da Turma XII no Instagram.
Já no inverno, a realidade é ainda mais dura: a lama que se acumula transforma o caminho em um desafio quase intransponível. A falta de iluminação amplia o problema, gerando insegurança para quem precisa circular pela área após o anoitecer.
A preocupação com a segurança não é recente. Relatos de assaltos são frequentes, e a lembrança de episódios graves, como o caso de violência em 2018, ainda assombra a comunidade acadêmica.
Além disso, a ausência de transporte público que atenda diretamente a região agrava o cenário, forçando os estudantes a optar entre um trajeto mais longo e inseguro ou o enfrentamento da lama e da escuridão.
Enquanto isso, os alunos observam investimentos em outras áreas da universidade, como a reforma do prédio da reitoria e a construção de passarelas e blocos de outros cursos, enquanto o caminho para o bloco de Veterinária segue sem atenção.
A indignação nas redes sociais é evidente, com reações que vão desde críticas diretas à administração da universidade até desabafos sobre a sensação de abandono e falta de respeito com o curso.
“Já me atolei várias vezes naquele trajeto, e nem sou da Veterinária. Imagino como deve ser para quem enfrenta isso todos os dias”, comenta um internauta. Outros reforçam a decepção com promessas não cumpridas de pavimentação, feitas durante campanhas eleitorais internas.
Os estudantes cobram uma ação urgente para garantir o mínimo necessário: um acesso digno ao bloco de Veterinária. Eles alertam que, caso o problema continue sendo ignorado, é apenas uma questão de tempo até que situações mais graves aconteçam.