Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), apontam que em 2024, o Acre registrou o maior número de novos casos de hanseníase da última década.
Foram confirmados 161 casos, um aumento expressivo em relação aos 92 registrados em 2023. No entanto, o crescimento reflete os avanços na estrutura de diagnóstico e tratamento da doença.
Acontece que antes o atendimento e diagnóstico de hanseníase no Acre estavam concentrados exclusivamente na Fundhacre, dificultando o acesso para moradores de regiões remotas, no entanto, com a ampliação da capacidade de atendimento na atenção primária dos municípios, pacientes agora têm recebido diagnóstico precoce e iniciado o tratamento de forma mais acessível.
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A medicação utilizada no tratamento da hanseníase é fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde e distribuída para todos os 22 municípios do estado. Nos casos mais graves, quando o tratamento não pode ser realizado localmente, os pacientes são encaminhados para serviços especializados.
Com o objetivo de aprimorar ainda mais o atendimento à população, a Sesacre planeja diversas ações para 2025:
- Fortalecimento do Comitê Estadual: Reuniões regulares para facilitar o acesso aos serviços de saúde.
- Melhoria de Diagnósticos: Parceria com o Laboratório Central (Lacen) para a integração de exames no sistema GAL.
- Investigação de Resistência Medicamentosa: Início de estudos para prevenir casos de falha terapêutica.
- Uso do Sistema Hórus: Implementação do sistema de gestão nas farmácias municipais.
- Campanhas de Educação: Ações voltadas para desmistificar a doença e combater o estigma.
- Capacitação Profissional: Treinamentos presenciais e online para aprimorar o uso do Sinan e a qualidade do atendimento.
Veja a videorreportagem especial do ContilNet sobre a casa de acolhida que atua há mais de 90 anos no cuidado de hansenianos no Acre: