Em alta na temporada de premiações por “Ainda Estou Aqui”, o diretor Walter Salles elegeu, para a Sight and Sound, os 10 melhores filmes de todos os tempos. O cineasta aclamado por obras como “Central do Brasil” (1998) e “Diários de Motocicleta” (2004) foi um dos escolhidos para votar no mais recente ranking da revista britânica, que, a cada década, lança duas listas com destaques da Sétima Arte.

Walter Salles no set de ‘Ainda estou aqui’ — Foto: Divulgação/Alile Dara Onawale
Salles foi um dos 460 profissionais que votaram numa lista dos melhores filmes elaborada apenas por cineastas, em 2022. O outro ranking contou com contribuições de 1.600 críticos de cinema. Entre as produções elogiadas pelo brasileiro, apenas uma é nacional: “Vidas Secas” (1963), de Nelson Pereira dos Santos. Baseado no livro de Graciliano Ramos e uma das portas de entrada do Cinema Novo, o longa traz a história de uma família de retirantes nordestinos em meio à pobreza e à seca.
Os filmes eleitos por Walter Salles vão de 1925 a 1974. O diretor exaltou obras de Jean-Luc Godard e Yasujirō Ozu, entre outros. Nos comentários anexos à lista, o brasileiro lamentou não poder elaborar um top 15.
“Close-Up e Where is the Friend’s House são muito importantes para mim, e chegaram muito perto de entrar na lista. Pena que não seja uma lista de 15 filmes favoritos: Kubrick, Hitch e Lubitsch teriam feito parte dela”, argumentou.
Veja a lista de 10 melhores filmes da História, segundo Walter Salles
- “Era uma Vez em Tóquio” (1953) – Yasujiro Ozu
- “A Paixão de Joana D’Arc” (1927) – Carl Theodor Dreyer
- “Sete Oportunidades” (1925) – Buster Keaton
- “Rastros de Ódio” (1956) – John Ford
- “Vidas Secas” (1963) – Nelson Pereira dos Santos
- “Profissão: Repórter” (1975) – Michelangelo Antonioni
- “Memórias do Subdesenvolvimento” (1968) – Tomás Gutiérrez Alea
- “A Batalha de Argel” (1966) – Gillo Pontecorvo
- “Acossado” (1960) – Jean-Luc Godard
- “Roma, Cidade Aberta” (1945) – Roberto Rossellini