Dólar e Ibovespa caem no 1º pregão de 2025 em sessão de baixa liquidez

Investidores realizam suas apostas iniciais para o ano de olho no cenário fiscal brasileiro e nas perspectivas para a economia global

Após chegar a bater R$ 6,22 na primeira sessão de 2025, o dólar encerrou esta quinta-feira (2) em queda, em sessão marcada por baixa liquidez. Entre altos e baixos no dia, o Ibovespa acabou fechando em queda.

O dólar à vista encerrou os negócios em baixa de 0,22%, a R$ 6,1651 na venda. Já o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, recuou ligeiros 0,13%, aos 120.125,39 mil pontos.

Por volta de 17h, o dólar à vista encerrou os negócios em queda de 0,22%, a R$ 6,1651 na venda/Foto: Dado Ruvic/Reuters

Nos negócios, papéis ligados ao petróleo subiram acompanhando a alta da commodity no exterior. Os contratos futuros do petróleo Brent subiram US$ 1,29, ou 1,73%, para US$ 75,93 por barril, depois de subirem na terça-feira (31), o último dia de negociação de 2024.

Para o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, o avanço dos preços do petróleo no mercado externo, refletido nos papéis da Petrobras – de grande peso no índice brasileiro – conteve uma queda maior para o indicador.

Na segunda-feira (30), quando ocorreu a última sessão de 2024, o dólar à vista fechou em queda de 0,22%, a R$ 6,179. No ano, a moeda norte-americana acumulou alta de 27,36%.

Apesar do fechamento em queda e oscilações, a baixa final do Ibovespa foi mais suave do que o pior momento do dia, quando chegou a amargar perda de cerca de 1%.

O dólar também suavizou após uma abertura em alta.

“Há um leve alívio da tensão. A liquidez é ainda bastante reduzida no mercado com o começo de ano. Pouca coisa movimentando forte o mercado”, indaga Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos.

Segundo o analista, os investidores começam o ano ainda de olho no cenário fiscal, aguardando os próximos desdobramentos envolvendo as contas públicas. Varejão reitera que a tensão foi forte no final de 2024, deteriorando o câmbio e, consequentemente, a posição do Ibovespa tanto para os agentes locais quanto internacionais.

De acordo com o Banco Central (BC), o Brasil registrou fuga de US$ 15,918 bilhões ao longo do ano, a 3ª maior da série histórica.

O Ibovespa caiu cerca de 10% ao longo do ano anterior, usando a moeda local como parâmetro, e acumulou um desempenho ainda pior – a maior queda desde 205 – usando dólar como comparação.

A B3, operadora da bolsa paulista, divulgou nesta quinta-feira a última prévia da nova carteira do Ibovespa, com a entrada das ações da Marcopolo e da Porto Seguro e a exclusão dos papéis da Alpargatas e da Eztec. A carteira definitiva vai vigorar de 6 de janeiro a 2 de maio.

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