Israel e Hamas chegaram a um acordo para interromper a guerra em Gaza e liberar os reféns restantes.
O cessar-fogo, que será implementado em várias fases, acontece dias antes da posse de Donald Trump como presidente dos EUA.
“TEMOS UM ACORDO PARA OS REFÉNS NO ORIENTE MÉDIO. ELES SERÃO LIBERTADOS EM BREVE,” Trump postou em sua plataforma Truth Social na quarta-feira. “OBRIGADO!”
A pressão de Trump, que advertiu que haveria “consequências severas” se os reféns não fossem libertados antes de sua posse na segunda-feira, ajudou a dar novo impulso às conversas que estavam paradas há meses.
A primeira fase do acordo vai envolver um cessar-fogo de 42 dias, durante o qual 33 reféns israelenses — incluindo crianças, todas as prisioneiras femininas, os doentes e os idosos — serão libertados em troca da liberação de prisioneiros palestinos das prisões israelenses e um aumento substancial nas entregas de ajuda humanitária para Gaza.
Até o 16º dia do cessar-fogo, as duas partes começarão a negociar a segunda fase do acordo, durante a qual os reféns restantes, incluindo soldados homens, devem ser libertados em troca de mais prisioneiros palestinos.
A segunda fase também deve resultar em um cessar-fogo permanente e à retirada total das tropas israelenses de Gaza.
A fase final envolveria o retorno de todos os corpos restantes e a reconstrução de Gaza, sob a supervisão do Egito, Catar e da ONU.
Uma pessoa próxima às negociações disse ao Financial Times que o cessar-fogo foi alcançado após o xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, primeiro-ministro do Qatar, ter se reunido separadamente com negociadores do Hamas e de Israel em um esforço final para um acordo.
O conflito começou após o ataque surpresa do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, quando militantes do grupo terrorista mataram 1.200 pessoas, segundo autoridades israelenses, e sequestraram mais 250.
A retaliação de Israel resultou na morte de mais de 46 mil pessoas em Gaza, de acordo com autoridades palestinas, além de agravar a catástrofe humanitária na região.