Márcio Bittar saúda posse de Trump nos EUA como esperança para quem sonha com liberdade

Senador lembra de convite de Bolsonaro para ir aos EUA para a posse, mas há dúvida se ele será autorizado pelo STF para viajar; entenda

O senador Márcio Bittar (UB-AC), embora não vá aos Estados Unidos participar da posse do presidente norte-americano Donald Trump, no próximo dia 20 de janeiro, é só alegria em função do novo mandatório da nação mais poderosa do mundo.

Márcio Bittar saúda posse de Trump nos EUA como esperança para quem sonha com liberdade. Foto: Reprodução

Em suas redes sociais, neste domingo (12), o senador acreano lembrou que, segundo ele, “muitas coisas diferentes já aconteceram ao redor do mundo só coma eleição de Trump”.

Bittar listou o que compreende ser reflexos das mudanças geopolíticas no país americano: o hamas anunciou que, sob Trump, suspenderia a guerra com Israel; o presidente da Russia, Waldimir Putin, também sob Trump, estaria disposto a suspender a guerra coma Ucrania; as redes sociais, através dos donos do Instragram, Facebook e WhatsApp falam em ampla liberdade de expressão e, no Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro é convidado de honra para a posse. “Isso enche o nosso peito de esperança”, saudou Márcio Bittar.

Enquanto isso, em Brasília permanece a guerra de gato e rato entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a defesa do ex-presidente.

A semana foi encerrada no sábado com o ministro Alexandre de Moraes, relator no STF dos processos relacionados a Bolsonaro, respondeu aos pedidos de liberação do passaporte do ex-presidente para a viagem aos EUA, feitas pela nova defesa, pedindo que Bolsonaro mostrasse o convite formal para posse de Trump.

O ministro determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro comprove à Corte que foi formalmente convidado para posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Nesta semana, o ex-presidente solicitou a Moraes a devolução do passaporte e a autorização para sair do país, para participar da cerimônia de posse de Trump em Washington, nos Estados Unidos.

Moraes afirmou que, antes de dar andamento ao pedido da defesa de Bolsonaro, é necessária uma “complementação”, uma vez que a solicitação não foi acompanhada de “documentos necessários”.

“O pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários, uma vez que, a mensagem foi enviada para o e-mail do deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado: ‘[email protected]’ e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado”, afirmou Moraes.

No despacho, Moraes diz ainda que, após o complemento das informações, enviará o pedido para a Procuradoria-Geral da República, para que o órgão se manifeste sobre a solicitação do ex-presidente.

Para sair do Brasil, Bolsonaro precisa de autorização judicial, pois teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024. A medida foi tomada em uma operação que investiga suposta tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder por meio de uma minuta golpista.

Em novembro do ano passado, a PF indiciou o ex-presidente e dezenas de pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

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