O humorista e influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, volta a ser alvo de polêmicas após suspeitas de violar condições impostas pela Justiça para a concessão de sua liberdade provisória. Mesmo advertido por aparições em redes sociais promovendo festas, ele agora enfrenta questionamentos sobre sua participação em conteúdos eróticos divulgados pela esposa, Gabriela Sousa.
Nego Di, de 30 anos, é acusado de estelionato qualificado por fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, com um esquema que teria lesado mais de 370 pessoas entre março e julho de 2022. As vítimas foram atraídas por meio do site fraudulento Tadizuera, onde compraram produtos como televisores e celulares, mas nunca os receberam. O prejuízo total ultrapassa R$ 5 milhões.
Utilizando sua imagem pública, o influenciador teria atraído as vítimas, segundo as investigações. Ele foi preso em julho de 2024 e permaneceu 130 dias detido na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), no Rio Grande do Sul. Em dezembro, conseguiu liberdade provisória por meio de um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que impôs restrições, como a proibição de usar redes sociais.
Entretanto, Gabriela Sousa, também de 30 anos, parece estar desafiando os limites dessas restrições. Empresária, bacharel em Direito e influenciadora com mais de 1,3 milhão de seguidores, ela abriu uma conta na plataforma de conteúdo erótico Privacy logo após a prisão de Nego Di. Nos vídeos publicados, Gabriela tem a participação do marido, cobrando até R$ 200 adicionais para acessos exclusivos. Em um dos vídeos, ela descreve a gravação como o “primeiro vídeo de sexo real” e chama Nego Di de “meu nego gostoso”.
A influenciadora afirmou em suas redes sociais que fatura cerca de R$ 100 mil com os vídeos pornográficos. A situação se torna ainda mais complexa devido à história policial de Gabriela. Em janeiro de 2024, ela foi presa em flagrante em Florianópolis por posse de uma arma de uso restrito das Forças Armadas sem registro, durante uma operação do Ministério Público que investigava os crimes de Nego Di. Após pagar uma fiança de R$ 14 mil, foi liberada, mas acabou presa novamente seis meses depois em Santa Catarina, suspeita de lavagem do dinheiro arrecadado ilicitamente pelo marido.
Desde que obteve liberdade provisória, Nego Di já foi investigado por outras supostas violações das medidas cautelares. Na primeira semana fora da prisão, ele foi visto em postagens de amigos e advogadas nas redes sociais, em desobediência à decisão do STJ que proíbe sua presença em plataformas digitais. Agora, a Justiça pode avaliar se sua participação nos vídeos divulgados por Gabriela constitui uma nova violação das condições impostas para a manutenção de sua liberdade provisória.