Durante entrevista ao podcast Em Cena, do ContilNet, o deputado estadual Pedro Longo (PDT) falou sobre suas intenções para as eleições de 2026. Ele anunciou que será candidato a deputado federal no próximo pleito.
“É uma decisão já tomada, e tenho algumas razões para isso. Primeiro, sou defensor de que deve sempre haver renovação, e as pessoas não devem se eternizar em seus cargos. No final de 2026, terei completado seis anos e alguns meses na Aleac, e acredito que as ideias que tinha para legislar e os movimentos que poderia fazer, já terei cumprido. Se você não faz em seis anos, não fará em mais quatro. Então, deixarei minha cadeira aberta para novas pessoas e me proponho a disputar uma vaga na Câmara Federal”, explicou.
O deputado também justificou a decisão com base em sua experiência e perspectiva jurídica. “Além disso, venho do mundo jurídico, como você sabe. As leis que mais impactam a vida das pessoas são feitas em Brasília, como o Código Tributário, Penal, Civil, Eleitoral e a própria Constituição. Tudo isso é decidido em Brasília. Acho que o Acre precisa de bons representantes no Congresso Nacional, e a população precisa se sentir contemplada. No fim, quem vai decidir isso são os eleitores”, destacou.
Sobre seu partido atual, o PDT, Longo reconheceu os desafios enfrentados pela sigla nas últimas eleições. Em 2022, o partido não conseguiu formar uma chapa competitiva no Acre, cenário que pode se repetir em 2026. Questionado sobre a possibilidade de mudar de legenda, ele foi direto:
“Para responder isso, preciso contextualizar. Existe um movimento no Brasil, resultado da legislação federal, que criou cláusulas de barreira para reduzir a quantidade de partidos. Cada vez mais, exige-se desempenho eleitoral para a sobrevivência das siglas. Nas últimas eleições, apenas três partidos elegeram deputados federais no Acre. Quem já tem mandato enfrenta dificuldades para formar chapas competitivas, porque os novos candidatos não querem atuar como coadjuvantes”, avaliou.
Apesar disso, Longo afirmou estar satisfeito com o PDT, mas condicionou sua permanência ao fortalecimento da sigla. “Fui muito bem acolhido no PDT, tenho uma ótima relação com o presidente Tchê, e não vejo problemas em ser candidato a deputado federal pelo partido, desde que ele consiga formar uma chapa. Esse é um ponto que ainda está em aberto”, explicou.
Sobre a possibilidade de troca de partido, o parlamentar revelou já estar avaliando alternativas e indicou que o PSDB é uma das opções. “Hoje, não é segredo que tenho uma proximidade com o PSDB. Tive uma reunião com a direção nacional do partido e mantenho uma relação pessoal e de amizade com o presidente Marconi Perillo. Então, essa possibilidade existe. Já recebi convites do PSDB e de outras siglas. No entanto, o PSDB, assim como outros partidos, está debatendo federações ou fusões. Precisamos monitorar como as siglas nacionais vão se comportar. Essa decisão só será tomada mais à frente, na reta final”, concluiu.