Nos últimos dias, especulações sobre uma possível fusão entre o PSDB e o PSD movimentaram os bastidores da política. Os dois partidos começaram as tratativas mirando as cadeiras das Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional, nas eleições de 2026.
A possível união das duas siglas encontra alguns entraves. Todos eles por conta das articulações dos partidos nos estados, em que as lideranças de ambos estão em palanques diferentes.
Por exemplo, no Ceará, em que o PSD está na base política do governador Elmano de Freitas, do PT, e do prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, eleito ano passado. Enquanto o PSDB, havia indicado o vice na chapa adversária, encabeçada por José Sarto.
O mesmo acontece na Bahia, em que o PSD segue na base do governador Jerônimo Rodrigues, do PT. Do outro lado, o PSDB é o partido do líder da Oposição na Assembleia Legislativa.
E no Acre?
Tucanos e psdbistas também estão em campos diferentes no Acre. Por aqui, o PSD, que tem como maior liderança no estado o senador Sérgio Petecão, segue em derrocada.
O partido, que havia indicado os vices-prefeitos nas chapas do MDB nas duas maiores cidades do estado – Rio Branco (com Marfisa Galvão sendo candidata a vice na chapa de Marcus Alexandre, do MDB) e Cruzeiro do Sul (com Tota Filho como candidato a vice na chapa de Jessica Sales, do MDB), não vem de bons resultados nas últimas eleições.
O PSDB, por outro lado, conseguiu eleger dois vereadores em Rio Branco e estava na coligação do atual prefeito Tião Bocalom, do PL.
Em 2026?
O PSD ainda deve sofrer mais uma baixa. Os únicos dois deputados estaduais na Aleac – Pablo Bregense e Eduardo Ribeiro – estão praticamente com a passagem comprada para deixar o partido.
Sem nomes competitivos para disputar as vagas na Aleac e na Câmara dos Deputados, a federação parece ser algo até bom para o PSD no Acre.
A principal regalia que o partido teria com a fusão com os tucanos seria a entrada na base do governador Gladson Cameli e da vice-governadora Mailza Assis, principalmente para 2026. E esse é o sonho do senador Sérgio Petecão. Com o ingresso para a coligação do PP, o partido ainda conseguiria, de quebra, a permanência dos dois deputados, que são membros fiéis da base do Governo.
Os tucanos
O PSDB, além do presidente da ALEAC, Luiz Gonzaga, terá um reforço de peso para 2026: o deputado Pedro Longo, que vai disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
O partido ainda tem nomes como o do presidente da FEM, Minoru Kinpara e da ex-deputada federal Vanda Milani, que também devem estar na lista de candidatos rumo ao Congresso Nacional.