A Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) divulgou um levantamento que analisa os preços de 42 itens escolares em diferentes estabelecimentos de Rio Branco. A pesquisa, realizada entre 7 e 10 de janeiro, revelou diferenças expressivas nos valores cobrados pelos produtos, com variações que chegam a 680%. O estudo foi elaborado para orientar os consumidores na escolha dos materiais escolares.

O aumento chega a cerca de 680% em certos itens/Foto: Marley Lima/AleRR
Entre os itens com maior disparidade de preços está o apontador de lápis (de um furo e sem suporte), com uma variação de 680%, seguido pela borracha branca (sem suporte), com 640%, e pela lapiseira de 0,7 mm, que apresentou 409%. Esses produtos integram a categoria de materiais básicos de papelaria, que também inclui lápis preto, canetas, marca-textos e réguas.
A pesquisa analisou os preços divididos em três categorias, sendo elas: cadernos, papel sulfite e refil para fichário; Apontador, borracha, lápis preto, canetas, lapiseiras, régua e corretivo; e colas, giz de cera, lápis de cor, massa de modelar, tinta guache, caderno de desenho, tesouras e cartolinas.
De acordo com o levantamento, a maior variação na categoria Cadernos, papel sulfite e refil para fichário foi do refil para fichário (pacote com 80 folhas), com 125,17%. Na categoria colas, giz de cera, lápis de cor, massa de modelar, tinta guache, caderno de desenho, tesouras e cartolinas, a tesoura sem ponta registrou uma diferença de preço de 321,7%.
A pesquisa considerou os menores preços praticados nos estabelecimentos, levando em conta marcas e quantidades semelhantes para facilitar a comparação pelos consumidores.
O estudo também revelou que 25 dos 42 produtos analisados apresentaram uma diferença de preço superior a 100%, enquanto os outros 17 tiveram variações menores, abaixo de 88,6%.
O economista e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Carlos Franco, destacou a importância do planejamento financeiro para a compra de materiais escolares. Segundo ele, as famílias devem aproveitar o 13º salário para reservar recursos destinados a essas despesas. Além disso, recomenda-se não deixar as compras para a última hora e pesquisar os preços com antecedência.
“A melhor estratégia é fazer uma pesquisa detalhada e adquirir os materiais antes do início das aulas, pois os preços tendem a subir à medida que a data se aproxima. Quanto mais cedo as famílias se organizarem, maiores serão as chances de economizar,” explicou o economista.