O secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, morreu após ser baleado por um guarda-civil municipal na tarde da segunda-feira (6) na sede da Prefeitura da cidade, na Grande São Paulo.
Adilson atuava como servidor público havia mais de 25 anos, com uma longa trajetória com ex-prefeitos de Osasco. Ele trabalhou no Executivo por oito anos. Entrou com o ex-prefeito Rogério Lins (Podemos) e foi mantido pelo novo gestor, Gerson Pessoa (Podemos).
Segundo o deputado Emídio de Souza (PT), prefeito da cidade entre 2005 e 2012, o secretário-adjunto trabalhou como segurança da primeira-dama de Osasco e em diferentes cargos de chefia durante os dois governos de Lins.
Adilson chegou a ser titular da Secretaria de Segurança e Controle Urbano em 2018 até a pasta ser comandada por José Virgolino de Oliveira, atual secretário, no ano seguinte. Na gestão de Gerson Pessoa, Adilson continuou no cargo de adjunto.
Nas redes sociais, o ex-prefeito Rogério Lins lamentou a morte de Adilson. Ressaltou que ele era guarda-civil municipal antes de ser nomeado secretário-adjunto e lutou por melhorias para a GCM.
“Moreira, que foi guarda civil municipal antes de atuar como secretário adjunto, foi um dos que lutou por melhorias para a GCM. Vá em paz meu irmão!”, postou Lins.
Em seu perfil do Instagram, Adilson tinha pouco mais de 2 mil seguidores e 106 publicações, incluindo vídeos de cavalos e imagens em que ele aparece no campo.
O velório está programado para a manhã desta terça-feira (7) na prefeitura. O sepultamento acontecerá às 17h no cemitério Bela Vista.
Como foi o assassinato
Adilson Moreira havia marcado uma reunião com guardas-civis municipais da cidade para discutir a estrutura da corporação no novo governo.
A reunião ocorria na Sala Oval, o principal espaço para encontros da prefeitura, ao lado da Secretaria de Governo e do gabinete do prefeito, Gerson Pessoa, que não estava no prédio.
Houve uma discussão entre o secretário-adjunto e o guarda Henrique Marival de Souza, que sacou a arma e fez disparos. Os demais guardas-civis saíram correndo, e o agressor trancou a porta.
O guarda ficou trancado por cerca de duas horas na Sala Oval. Ele manteve o secretário-adjunto como refém e montou barricadas. O Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) teve que negociar para que ele se entregasse.
Os corredores foram interditados para os trabalhos das polícias Civil, Militar e Guarda Civil Municipal. Os demais funcionários foram orientados a deixar a prefeitura.
No entorno do prédio, diversas ambulâncias e carros da polícia e dos bombeiros acompanharam a ocorrência.
O guarda Henrique Marival de Souza se entregou por volta das 19h30 e foi levado preso à delegacia seccional de Osasco. Em 2017, ele chegou a ser elogiado pelo comandante da GCM por sua atuação em uma ocorrência com motociclistas.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte do secretário-adjunto. A pasta informou que o guarda-civil foi encaminhado ao 5º Distrito Policial da cidade, onde foi autuado e permaneceu à disposição da Justiça.
A Prefeitura de Osasco, em nota, também lamentou a morte. O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa, decretou luto oficial de três dias na cidade em homenagem ao secretário-adjunto morto.