Flávio de Castro Sousa era um fotógrafo brasileiro de 36 anos. Ele foi visto pela última vez com vida em Paris, na França, no último dia 26, quando imagens de uma câmera de segurança captaram ele deixando o celular em um vaso de planta e seguindo em dieção ao rio Sena. O corpo foi encontrado no Sena no último sábado (4/1), 45 dias após seu desaparecimento, em Paris.
Flávio morava em Belo Horizonte e viajou para a França para trabalhar como fotógrafo em um casamento. Depois da festa, ele permaneceu no país por interesses pessoais.
Flávio se apresentava em seu perfil no Instagram como Flávio Carrilho de Castro e destacava a fotografia analógica como sua marca.
As informações sobre o desaparecimento de Flávio foram repassadas ao Metrópoles pelo doutor em Filosofia, Rafael Basso, de 42 anos, amigo de Flávio. Ele contou que o último contato físico do fotógrafo na França foi com Alex, um amigo dele, o que aconteceu no dia 25/11.
Veja o passo a passo de Flávio em Paris:
Chegada em Paris
Flávio desembarcou em Paris no dia 1° de novembro para fotografar o casamento de uma amiga brasileira, trabalho que realizou em parceria com seu sócio Lucien Esteban, que voltou dia 8 de novembro a Minas Gerais, onde ambos gerenciam a empresa Toujours Fotografia.
Flávio, no entanto, se organizou para permanecer mais algumas semanas, com voo de retorno ao Brasil em 26 de novembro, dia em que teria caído no rio Sena pela primeira vez. Conforme relatos, o acidente teria sido a poucos metros da torre Eiffel.
Queda no Rio Sena
No dia 26 de novembro, em Paris, Flávio foi flagrado por uma câmera de segurança às margens do Sena, deixando o celular em um vaso de planta e, depois, perto do rio. A informação foi confirmada pela prima dele, Carolina Castro, e pela mãe, Marta Maria De Castro Castro.
A prima relatou, em um vídeo publicado nas redes sociais, que Flávio, no dia 26 de novembro, aparecia em imagens deixando o celular em um vaso de planta, na porta de um restaurante de Paris e seguindo em direçaõ ao rio Sena.
Atendimento médico
No dia 26 de novembro, Flávio voltaria ao Brasil e contou ao amigo Alexandre Callet que havia caído na Ilha dos Cisnes, no Rio Sena, e que teria aguardado três horas para ser resgatado pelos bombeiros.
“Os bombeiros disseram que tive sorte de estar vivo. Não consegui sair da água. Fiquei muito tempo lá. Bebi demais e fiz uma besteira enorme”, escreveu ele ao amigo.
Troca de mensagens com amigo
Após receber alta do hospital às 12h, Flávio buscou reorganizar seu retorno ao Brasil depois do voo perdido. Como ele já tinha entregue o apartamento alugado, procurou a imobiliária responsável pela locação e negociou um novo local para ficar.
“Vou tentar dormir. Estou exausto”, escreveu ao amigo.
No entanto, depois dessa mensagem ninguém mais conseguiu entrar em contato com Flávio, nem o amigo que chegou a ir a casa dele.
Corpo encontrado
O corpo do fotógrafo mineiro foi encontrado no rio Sena, em Paris, na França no sábado (4/1). A hipótese da polícia francesa é que a morte foi ocasionada por afogamento, sem sinais de violência.
O consulado do Brasil em Paris confirmou à mãe de Flávio, Marta Maria, que um corpo foi retirado do rio Sena no sábado (4/1) e testes de DNA confirmaram a identidade do fotógrafo.