Vacina da dengue em Rio Branco pode custar mais de R$ 600 em clínicas particulares

A vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é restrita a crianças de 10 a 14 anos

O Acre vive um alerta em relação à dengue. Após registrar 7.409 casos prováveis da doença em 2024, o estado já contabiliza 412 casos até o início de 2025, segundo o Ministério da Saúde. Com a chegada do período chuvoso, propício para a proliferação do Aedes aegypti, o principal vetor da doença, é preocupante a situação.

Para reforçar o combate à dengue e outras arboviroses (Chikungunya e Zika), o Ministério da Saúde anunciou a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE). O objetivo é fortalecer o monitoramento epidemiológico, laboratorial e assistencial, além de intensificar o controle do mosquito. A ação conta com o envolvimento de estados, municípios e instituições científicas, em uma resposta coordenada ao avanço das doenças transmitidas por arboviroses.

Com o aumento dos casos, cresce também a procura pela vacina da dengue na rede privada. Atualmente, o imunizante pode ultrapassar os R$ 600 em clínicas particulares de Rio Branco – com base em checagem feita pela reportagem do ContilNet -, refletindo a alta demanda e a baixa oferta. Além disso, muitas clínicas enfrentam dificuldades para manter os estoques abastecidos, o que agrava a situação para quem busca proteção.

No SUS, as vacinas estão sendo aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos/Foto: Reprodução

A vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é restrita a crianças de 10 a 14 anos, o que faz com que muitos adultos recorram às redes privadas para se imunizar. No entanto, o alto custo se torna um obstáculo para grande parte da população.

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Embora o Acre tenha registrado uma queda nos casos prováveis de dengue na primeira semana epidemiológica de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024 (146 contra 672), o estado ainda figura entre os de maior incidência no Brasil. Com uma média de 841,3 casos por 100 mil habitantes, o Acre foi o 13º estado em incidência da doença em 2024, ficando atrás apenas do Amapá na região Norte.

Fatores como urbanização desordenada, saneamento básico precário e condições climáticas favoráveis contribuem para a proliferação do Aedes aegypti. Isso torna indispensável a mobilização coletiva para combater o mosquito e prevenir novos surtos.

Além da vacinação, a prevenção à dengue depende do esforço conjunto da população e das autoridades. Eliminar focos de água parada, utilizar repelentes e cobrir recipientes são medidas simples, mas eficazes.

Com o COE em operação e a população mais consciente, o Acre busca superar o desafio de conter a dengue e proteger sua população. Contudo, é necessário enfrentar o alto custo da imunização e garantir acesso mais amplo à vacina, uma peça-chave no combate à doença.

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