Eu vou romper os protocolos de uma escrita jornalística para escrever diretamente a você, meu querido amigo Douglas Richer, parceiro de bancada, colega de algumas das aventuras mais loucas das nossas vidas.
Que louco escrever sobre esse momento que nos deixa tão desolados. Que mania intrigante essa sua de nos impressionar de tantas formas, desde a sua habilidade absurda de nos fazer rachar de rir até sua partida tão repentina e dolorosa.
Você nos deu, tantas vezes, a impressão de que seria eterno – e acaba sendo mesmo, porque nada do que deixou e representa vai acabar.
Imagino o quanto foi difícil lutar contra o maior medo que você tinha. Desculpe por não ter conseguido evitar sua partida, mesmo com tantos pedidos de socorro.
Mas chega de sofrimentos. Descansa no colo de Deus, deixa sair as lágrimas soterradas que você tentou guardar por tanto tempo. Conta pra ele as histórias tão engraçadas que só você sabe contar, e não esquece de fazer os passos de dança da Joelma na festa que o céu faz pra te receber.
Obrigado por ter participado das nossas vidas com seu senso de humor tão único. O mundo precisava de você para se tornar um lugar melhor, mais alegre e contagiante. Impossível esquecer quem você é, porque ninguém saiu ileso do contato contigo.
Queria escrever tantas coisas, mas me sinto limitado pelo misto de sentimentos que compartilho com todas as pessoas que te amam e choram junto comigo nesse momento.
Fico com a saudade e as lembranças dos momentos incríveis, das cervejas que varavam a madrugada com as melhores gargalhadas, das declarações mais lindas (depois de trêbados, rsrs) de um jovem apaixonado pela vida.
Você é a estrela que tanto sonhou se tornar. E o teu brilho não se apaga.
Vá em paz, meu amigo! Te amo!