O deputado federal Eduardo Velloso (União Brasil-AC) se tornou um dos principais personagens de uma polêmica política que ganhou notoriedade nacional nos últimos dias. O parlamentar confirmou que assinou o pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas negou ter retirado sua assinatura anteriormente.
O caso gerou controvérsia após informações de que ele teria voltado atrás para preservar o cargo de sua irmã, Luciana Velloso, que ocupa uma posição de confiança na Embratur.
A situação se intensificou quando o nome de Velloso desapareceu da lista de assinaturas do pedido, levantando questionamentos da oposição. Em resposta às críticas, o deputado declarou ao portal Metrópoles:
“Minha irmã mora em Brasília há 20 anos. Não fui eu quem a trouxe. Ela trabalhou aqui no Congresso vários anos. Não sou eu que influencio o que vai acontecer com ela ou não. Se ela tem a infelicidade de ser irmã de um parlamentar, não posso deixar isso interferir. Ela caminha com as próprias pernas.”
Velloso ainda alegou que nunca assinou o pedido de impeachment antes, pois estava de férias quando seu nome foi associado à lista. Segundo ele, sua inclusão inicial ocorreu sem seu conhecimento.
“Como eu estava de férias com minha família, em nenhum momento cheguei a assinar ou retirar minha assinatura do pedido de impeachment. Não sei como o meu nome foi parar lá.”
Contudo, ao retornar a Brasília e tomar ciência da movimentação, o deputado confirmou que assinaria o documento de forma oficial.
“Mas, como agora já voltei das férias, vou assinar. Eu nunca fui aliado do governo. Respeito e tenho consideração pelas pessoas, por todo mundo. Mas as minhas pautas sempre foram mais à direita.”
O pedido de impeachment foi protocolado pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) e tem como base uma suposta pedalada fiscal do governo Lula na implementação do programa Pé-de-Meia, que destinou R$ 3 bilhões a estudantes do ensino médio sem autorização prévia do Congresso.
Posicionamento da Embratur
Diante da repercussão do caso e da possibilidade de exoneração de Luciana Velloso, a Embratur emitiu uma nota esclarecendo sua contratação e função dentro da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. Confira na íntegra:
“Luciana Velloso mora em Brasília e cumpre sua jornada diária de trabalho na sede do Ministério do Turismo (MTUR), uma vez que está vinculada à execução de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o MTUR, que tem como objetivo garantir a estrutura logística e de recursos humanos para a realização de uma série de eventos, como COP30, Salão Nacional do Turismo e Feirão do Turismo.
Sua contratação foi uma solicitação do ministro Celso Sabino, acatada por esta Agência porque possuía os requisitos profissionais para a vaga. Suas atividades estão registradas em relatórios periódicos e são adequadas para o cargo que exerce.”
Com sua assinatura oficializada, cresce a expectativa sobre os desdobramentos do pedido de impeachment.