Hospital que acolheu Douglas Richer em São Paulo lamenta sua partida em nota emocionante

Comunicador acreano lutava contra uma fibrose pulmonar e recebeu suporte especializado até seus últimos momentos

O Hospital de Base de São José do Rio Preto publicou uma nota de pesar emocionante sobre a morte do jornalista acreano Douglas Richer. Ele travava uma dura batalha contra uma fibrose pulmonar irreversível e recebeu atendimento especializado na unidade enquanto aguardava um transplante pulmonar.

Douglas, que dedicou sua vida à comunicação, foi acolhido por uma equipe médica que lhe proporcionou todo o suporte necessário. Segundo o hospital, ele recebeu cuidados intensivos e humanizados até o momento em que, de forma consciente, optou por abrir o protocolo de cuidados paliativos.

Profissionais da saúde do Hospital de Base de São José do Rio Preto, onde Douglas Richer recebeu tratamento especializado até seus últimos momentos/Foto: Reprodução

Na nota, o hospital destaca o empenho da equipe médica, o apoio incondicional da família e a luta incansável para viabilizar as melhores condições de tratamento para Douglas. Também relembra sua trajetória profissional e o legado que ele deixa na comunicação acreana.

A perda de Douglas Richer comoveu amigos, familiares, autoridades e profissionais da imprensa, que destacam sua paixão pela informação e sua determinação em seguir adiante mesmo diante das dificuldades impostas pela doença.

Confira a íntegra da nota publicada pelo hospital:

Douglas Richer: Uma luta pela Vida, um legado eterno

Amigas e amigos,

Hoje, com muita tristeza, o Acre se despede de Douglas Richer, um profissional de Comunicação premiado, um jovem que dedicou sua vida à missão de informar e emocionar.

Douglas travou uma batalha implacável contra uma fibrose pulmonar irreversível. Precisava de um transplante — um procedimento raro e de altíssima complexidade, que enfrenta uma longa fila e desafios estruturais no Brasil. Foi então que o Senador Alan Rick, incansável na defesa de uma saúde de qualidade para as famílias acreanas, tomou para si a missão de garantir que Douglas tivesse a melhor chance possível.

A estratégia era clara, o propósito era nobre. Levar Douglas ao Hospital de Base de São José do Rio Preto, um dos maiores centros de excelência do país, para que recebesse o tratamento necessário enquanto aguardava o momento do transplante em um dos poucos centros brasileiros que realizam esse procedimento.

Douglas lutou bravamente. Não lhe faltou humanização, não lhe faltou dedicação, não lhe faltou excelência. Ele foi acolhido por uma equipe médica que fez tudo ao seu alcance, passou por múltiplas internações na UTI, recebeu cada intervenção disponível, cada tentativa de prolongar sua vida com qualidade. E ao lado dele, sua tia Evilaidy, um exemplo de amor e entrega, nunca soltou sua mão.

Nos últimos dias, quando todas as alternativas médicas se esgotaram, Douglas, consciente e lúcido, optou por abrir o protocolo de cuidados paliativos. Pediu para não ser intubado. Quis dignidade. E dignidade foi o que ele teve.

Foram dias de luta. Foram dias de esperança. Foram dias de respeito à vida, à sua história, ao seu direito de partir com serenidade.

A todos que se dedicaram a essa jornada – à família, aos amigos, ao Senador Alan Rick, que ao lado de sua equipe (um agradecimento especial à Sofia Brunetta) batalhou até o último instante para garantir a Douglas o melhor tratamento possível –, nossa mais profunda gratidão e respeito. Douglas Richer não perdeu a luta, o Acre e o Brasil perderam um ser de luz intensa.

A partir de agora, ele descansa nos braços do Pai Celestial. Seu legado fica. Sua voz ecoa. Seu nome jamais será esquecido.

Douglas viverá para sempre na história do Acre e nos corações daqueles que tiveram a honra de conhecê-lo.

Que Deus conforte a todos.

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