O ator e diretor Jesse Eisenberg disse que não quer mais ser associado ao CEO da Meta, Mark Zuckerberg, que ele interpretou no filme A Rede Social” (2010), dizendo que as ações do bilionário são “problemáticas”.

Jesse Eisenberg em “A Rede Social”/Foto: Divulgação/Columbia Pictures
“Não tenho seguido a trajetória de vida dele [Zuckerberg], em parte porque não quero me considerar associado a alguém assim. Não é como se eu tivesse jogado com um grande jogador de golfe ou algo assim, e agora as pessoas acham que sou um grande jogador de golfe”, disse à BBC na terça-feira (4).
“É como esse cara que está fazendo coisas problemáticas, tirando a verificação de fatos. Tornando as pessoas que já estão ameaçadas neste mundo ainda mais ameaçadas”, continuou.
Eisenberg, cujo roteiro para “A Verdadeira Dor” foi indicado ao Oscar este ano, estava se referindo à decisão de Zuckerberg de ajustar as políticas de revisão de conteúdo da Meta no Facebook e no Instagram, substituindo verificadores de fatos por “notas da comunidade” geradas pelos usuários.
O empresário anunciou as mudanças pouco antes do presidente dos EUA, Donald Trump, entrar no Salão Oval para seu segundo mandato. Trump e outros republicanos criticaram Zuckerberg e a Meta pelo que consideram censura às vozes de direita.
Eisenberg enfatizou que estava “preocupado apenas como uma pessoa que lê um jornal” e é casado com alguém que ensina justiça para deficientes, em vez de um ator que já interpretou Zuckerberg em um filme.
“Essas pessoas têm bilhões e bilhões de dólares, mais dinheiro do que qualquer pessoa humana já acumulou e o que estão fazendo com isso?”, questionou. “Ah, eles estão fazendo isso para ganhar o favor de alguém que está pregando coisas odiosas.”
Retratar Zuckerberg em “A Rede Social”, que dramatizou a fundação do Facebook, catapultou Eisenberg para a fama mundial. Agora, o ator está revisitando suas memórias daquele papel durante a turnê de divulgação de “A Verdadeira Dor“, que ele escreveu, dirigiu e estrelou.
Ele disse ao podcast Awards Chatter no mês passado que nunca conheceu Zuckerberg antes de interpretá-lo, lembrando que estava dirigindo para encontrar o CEO da Meta quando recebeu uma ligação de um dos produtores do filme dizendo para ele não entrar lá “por diversas razões legais”.