A Operação Mafiusi, da Polícia Federal, revelou um esquema internacional de tráfico de drogas envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a máfia italiana. O porto de Paranaguá (PR) foi identificado como um dos principais pontos de envio de drogas à Europa. A investigação apura três núcleos de atividades criminosas: tráfico, coordenação e lavagem de dinheiro.
Entre os citados está o cantor Gusttavo Lima, cujo nome apareceu em transações financeiras relacionadas à compra de uma aeronave por sua empresa, a Balada Eventos.

Gusttavo Lima é citado em investigação da Polícia Federal sobre esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas/Foto: Reprodução
Embora Lima não seja investigado diretamente, a Polícia Federal rastreou movimentações financeiras que envolvem sua empresa, a qual repassou R$ 57,5 milhões para outra empresa vinculada a Maribel Golin, investigada por sua relação com Willian Agati, conhecido como “concierge do PCC”. A transação foi registrada de forma legal como compra e venda de aeronave, conforme a defesa do cantor, que nega qualquer irregularidade.
Além de Gusttavo Lima, o pastor Valdemiro Santiago e o empresário Adilson Oliveira Coutinho Filho também são citados na investigação por transações com suspeitos envolvidos em um “sistema financeiro paralelo” ligado ao crime organizado. A operação, que já resultou no bloqueio de bens e apreensão de ativos no valor de R$ 126 milhões, segue com novas fases de apuração.
A PF identificou o uso de empresas de fachada e transações financeiras complexas para ocultar o dinheiro do tráfico. Um dos líderes do esquema, Willian Agati, foi preso em janeiro e é acusado de coordenar essa rede de movimentações ilícitas.