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Marina Silva integra comitiva de Lula em visita ao Japão e ao Vietnã a partir deste domingo

Por Tião Maia, ContilNet

Uma das autoridades especialmente convidada como integrante da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita oficial ao Japão e ao Vietnã, a partir deste domingo (23), é a acreana Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. A comitiva brasileira, composta de pelo menos 100 pessoas, entre políticos como os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB), além de ministros de Estado e empresários, permanece no continente asiático até 29 de março. Depois do Japão, Lula e a comitiva vão a Hanoi, no Vietnã.

Ministra Marina Silva e o presidente Lula/Foto: Reprodução

Trata-se da quinta viagem do petista ao Japão em seus mandatos, mas a primeira visita na condição de chefe de Estado. No Japão, Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva serão recebidos pelo Imperador Naruhito e a Imperatriz Masako.
Também terá uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, onde devem ser discutidos temas como a liberação para exportação de carne bovina e suína ao Japão, e o acordo comercial com o Mercosul.

A viagem ao Japão será focada nas parcerias comerciais. Para isso, o presidente escalou uma comitiva de ministros, parlamentares e empresários que vão negociar acordos em diferentes áreas. Um dos principais pontos será a autorização para exportação de carnes bovina e suína ao Japão.

O governo brasileiro quer pressionar as autoridades japonesas por um “compromisso político” de enviar uma missão sanitária de avaliação de risco para destravar a abertura do mercado. Esta é uma das etapas finais para a certificação. De acordo com o Itamaraty, o Japão movimenta US$ 4 bilhões anuais do mercado bovino — 80% do montante ficam com a Austrália e os Estados Unidos.

As autoridades também devem tentar avançar em um acordo comercial entre Mercosul e Japão. A diplomacia brasileira avalia que os países que integram o bloco têm sinalizado positivamente ao pacto. Durante a viagem, estão previstas outras agendas para aprimorar as relações comerciais entre os países. Haverá um fórum empresarial Brasil-Japão, com a participação de cerca de 500 empresários dos setores de alimentos, agronegócio, espacial, energia, logística e siderurgia.

A expectativa é avançar na abertura de mercados para produtos brasileiros/Foto: Reprodução

O fórum será realizado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que vai ser representada pelo vice-presidente, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira. Entre as empresas brasileiras que marcarão presença no evento estão a Vale, JBS, BRF, Embraer, Raizen e o Banco do Brasil.

Além disso, há a previsão de assinatura de atos, envolvendo os setores público e privado em áreas como ciência e tecnologia, combustíveis sustentáveis, educação, pesca, recuperação de pastagens, entre outros.

Já a visita ao Vietnã busca aprofundar o diálogo político e econômico entre os países. Está prevista a adoção de um plano de ação para acelerar a parceria estratégica. Lula deve se reunir com as principais autoridades do país, incluindo o primeiro-ministro Pham Minh Chinh, que esteve no Brasil no passado para participar do G20. Na ocasião, os líderes concordaram em implementar uma série de iniciativas para fortalecer a parceria estratégica entre os países. A expectativa é que seja acordado um plano de ação nesse sentido.

As questões econômicas também devem entrar em pauta. Em 2024, Brasil e Vietnã registraram um intercâmbio comercial na faixa de US$7,7 bilhões. A expectativa é avançar na abertura de mercados para produtos brasileiros.

Além de Marina Silva, o presidente Lula será acompanhado pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Renan Filho (Transportes), Silva Costa Filho (Portos e Aeroportos), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Juscelino Filho (Comunicações), Luciana Santos (Ciência) e Waldez Góes (Integração).

Também irão participar da comitiva para o Japão e Vietnã os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e os ex-chefes das respectivas Casas, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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