Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa “The Noite”, do SBT, fez uma denúncia criminal contra o apresentador Otávio Mesquita, acusando-o de estupro. A queixa foi registrada no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e envolve um incidente durante a gravação do programa, ocorrido em 2016. Segundo Juliana, o caso se deu durante uma cena transmitida ao vivo, na qual Mesquita teria tocado suas partes íntimas sem consentimento.
FIQUE POR DENTRO: “Tenho pena dela”, diz Otávio Mesquita após ser acusado de estupro
De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, a denúncia inclui transcrições e imagens da gravação, que mostram Mesquita, caracterizado como Batman, tocando Juliana de forma inapropriada enquanto ela tentava se desvincular. No vídeo, é possível ouvir Juliana dizendo “Ele não para”, demonstrando desconforto.
A alegação do apresentador
Em entrevista ao site Terra, Otávio Mesquita negou as acusações e afirmou que o momento foi uma brincadeira previamente combinada com Juliana. Ele explicou que a cena foi realizada de maneira descontraída e com a participação de sua família, incluindo seu filho. O apresentador argumentou ainda que a acusação foi feita somente após a demissão de Juliana, ocorrida no início de 2024. Segundo Mesquita, a gravação foi feita de acordo com os padrões da época, e ele se surpreendeu com a representação de Juliana, por não ter sido procurado por ela antes da denúncia.
“Naquela época, as coisas eram diferentes. Foi uma brincadeira que combinamos. Ela riu, nos divertimos e tudo correu bem”, afirmou Mesquita. Ele ainda questionou a motivação por trás da acusação, afirmando que a acusação de estupro não faz sentido, já que a cena foi exibida com o consentimento de todos envolvidos.
O ponto de vista da defesa
O advogado de Juliana Oliveira, Hédio Silva Jr., afirmou que a lei penal considera atos libidinosos sem consentimento, mesmo sem penetração, como estupro. De acordo com ele, a humorista inicialmente não compreendeu a gravidade da situação e pensou que tinha sido vítima de assédio. A defesa alega que o contexto de silenciamento e descrédito social impediu Juliana de agir mais rapidamente e buscar justiça. A representação pede que o MP-SP denuncie Mesquita por estupro.
Repercussão e dúvidas sobre o caso
A acusação gerou discussões nas redes sociais, com internautas divididos entre apoiar a humorista ou o apresentador. A reportagem procurou o Ministério Público e o SBT, mas, até o momento, não obteve mais informações sobre o andamento do caso. O espaço permanece aberto para comentários das partes envolvidas.