Personagens de documentário são retratados em filme exibido pelo TRE-AC nos 50 anos da corte

Filme mostra a mudança na paisagem do centro histórico de Rio Branco com a construção da chamada “Ponte Metálica”; Autoridades do Judiciário falam da importância do filme

Na manhã desta sexta-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), em uma das atividades que celebra os 50 anos de sua fundação, exibiu o vídeo-documentário “Ponte de Memórias”, dirigido pela jornalista e cineasta Alcinete Damasceno. O evento foi promovido por meio da Comissão de Gestão de Memória da Justiça Eleitoral do Acre (CMJEAC) e em parceria com a Secretaria de Educação (SEE). Durante o evento, foi destacado o projeto “Amigo da Memória”, uma iniciativa do TRE-AC que recebe doações de itens com valor histórico, como documentos, fotografias e materiais eleitorais antigos, com o objetivo de preservar a história da Justiça Eleitoral acreana.

Exibição do documentário ‘Ponte de Memórias’ no TRE-AC, com a presença de importantes figuras da história local/Foto: Ascom

A exibição do documentário contou com a presença de servidores, colaboradores, alunos do primeiro e terceiro ano da Escola Boa União, além da própria diretora do documentário e dos personagens retratados na obra, como Gilcélia Rocha da Luz, filha do catraieiro José da Rocha, responsável por cortar a fita na inauguração da ponte; Pedro da Luz, que deixou de ser catraieiro após a construção da ponte; Paulo Maia Sobrinho, morador do Segundo Distrito; e Antonio Viana, que atuou como catraieiro por 30 anos.

Momento de reflexão sobre as transformações do Acre, com servidores e alunos participando da exibição do documentário/Foto: Ascom

Em seu discurso de abertura, o presidente do TRE-AC, desembargador Júnior Alberto, destacou a importância do resgate histórico para a preservação da identidade do povo acreano.

“Hoje temos a oportunidade de revisitar nossa história por meio das lentes da talentosa jornalista Alcinete Damasceno. Esse documentário não é apenas um registro do nosso passado, mas uma reflexão sobre as transformações da nossa terra, os espaços que moldaram a nossa vivência e o impacto que essas mudanças têm em nossa comunidade”, destacou o presidente do TRE-AC.

Personagens do documentário ‘Ponte de Memórias’ refletem sobre o impacto da Ponte Metálica na vida da cidade e de seus habitantes/Foto: Ascom

O magistrado também ressaltou o papel essencial dos catraieiros para a democracia.

“Em um Estado onde o rio é uma verdadeira estrada, eles são peças fundamentais para que a democracia chegue a todos os cantos. São eles que muitas vezes garantem o transporte das urnas eletrônicas pelos rios do Acre, permitindo que o direito ao voto seja exercido, até mesmo nas comunidades mais remotas. Sem essa dedicação, nosso trabalho seria ainda mais desafiador”, reconheceu.

omentos de conexão e memória: servidores e estudantes compartilham a emoção da exibição do documentário sobre a transformação histórica de Rio Branco/Foto: Ascom

O documentário fala sobre a construção da Ponte Metálica, um marco histórico de Rio Branco, responsável por transformar a mobilidade da capital e impulsionar o desenvolvimento econômico. Antes da construção da ponte, a travessia do Rio Acre era realizada por pequenas embarcações conhecidas como “catraias”, fundamentais para o deslocamento da população.

A presidente da CMJEAC, Aiêza Bandeira, apresentou o contexto histórico da criação do TRE-AC, que teve início em uma sala do Tribunal de Justiça, em 1975.

“O TRE tem sido um pilar fundamental para a consolidação da democracia ao longo dessas cinco décadas. Eventos como este nos permitem refletir sobre o passado e construir um futuro mais consciente”, afirmou.

Representando a Escola Judiciária Eleitoral (EJE), Ana Cátia reforçou a importância do Centro de Memória do TRE-AC e fez um convite para quem deseja conhecê-lo.

“Senhores professores e quem trabalha em outras entidades, fiquem à vontade para visitar nosso centro de memória, estamos à disposição de vocês. Basta que nos enviem um e-mail ou nos telefonem, que a gente recebe com todo o prazer”, convidou.

A diretora Alcinete Damasceno relatou sua trajetória profissional e no audiovisual, influenciada por seu pai, Manoel Leite Damasceno, que foi fotógrafo em Tarauacá, município de origem de sua família. Ela também compartilhou com o público sua emoção ao dirigir a obra:

“É uma honra estar aqui para apresentar esse filme, que representa esse amor pela nossa história e valorização, pelo que nos diz respeito. Ele é nosso filme! Deixou de ser meu a partir do momento que todos veem. Todos são donos e coautores desse filme, sintam-se felizes com ele como eu me sinto”, destacou.

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