Ronaldo Fenômeno anuncia desistência de candidatura à presidência da CBF

Em post nas redes sociais, ex-jogador citou a falta de apoio e "portas fechadas"

O ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno anunciou, nesta quarta-feira (11), que desistiu de sua candidatura à presidência da CBF. O empresário fez o anúncio por meio de um post nas redes sociais, explicando que não obteve apoio das federações estaduais e lamentou a falta de oportunidade para apresentar suas propostas aos eleitores da confederação.

Em sua publicação, Ronaldo detalhou o que chamou de portas fechadas em seu primeiro contato com as 27 federações filiadas à CBF. De acordo com ele, 23 dessas entidades se recusaram a recebê-lo, alegando satisfação com a gestão atual e apoio à reeleição do presidente Ednaldo Rodrigues. “Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvir as sugestões como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, escreveu.

Ronaldo Fenômeno, empresário e ex-jogador, campeão do mundo com a seleção em 2002 / Foto: Reprodução

A decisão de Ronaldo também foi impactada pela cláusula de barreira, que exige que um candidato tenha o apoio de, pelo menos, quatro federações estaduais e quatro clubes para registrar sua candidatura. O ex-jogador tentou contatar representantes das federações por meio de mensagens e telefonemas, além de ter enviado um e-mail oficial solicitando reuniões com os dirigentes.

No e-mail, intitulado “Solicitação de audiência – Alinhamento de Projetos para o Futebol Brasileiro”, Ronaldo expôs suas críticas à gestão da CBF, afirmando que o futebol brasileiro carecia de transparência e de uma gestão mais descentralizada. Ele também se colocou à disposição para se reunir pessoalmente com todos os presidentes das federações.

No entanto, as federações preferiram manter a posição de apoio a Ednaldo Rodrigues e a continuidade da atual gestão. Muitos dirigentes, em mensagens formais, destacaram a importância da administração de Ednaldo, mencionando o fortalecimento de categorias como o futebol feminino, as divisões inferiores e projetos sociais e estruturais.

Embora reconheçam a necessidade de mudanças, os presidentes das federações afirmam que se opor publicamente à reeleição de Ednaldo seria um desafio considerável, pois isso implicaria em uma organização da oposição, além de carregar a pressão de um possível segundo mandato do atual presidente.

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