Um reencontro com suas raízes marcou a vida do goiano Willy Silva de Lima, de 41 anos. Em outubro de 2023, durante uma visita à família no Acre, ele descobriu que seu pai biológico é, na verdade, Cleney Lúcio Braña, um acreano de Feijó e primo de sua mãe.

O homem se encontrou com o pai biológico depois de quatro décadas/Foto: Reprodução
A revelação veio mais de quatro décadas após o nascimento de Willy e transformou não apenas sua certidão de nascimento, mas também sua compreensão sobre pertencimento e identidade.
A história começou na década de 1980, quando Cleney e a mãe de Willy viveram um relacionamento breve. Pouco tempo depois, ela formou uma nova família em Goiânia (GO), onde Willy cresceu acreditando ser filho do homem que o criou.
No Acre, Cleney seguiu sua vida com outro relacionamento, mas nunca deixou de desconfiar da paternidade, e acompanhou à distância o crescimento daquele que hoje reconhece como filho.
O ponto de virada aconteceu durante a viagem de Willy ao Acre, quando a semelhança física entre ele e Cleney chamou a atenção da esposa do pai biológico. Ao compartilhar sua suspeita com a família, descobriu que outras pessoas também cogitavam essa possibilidade.
“Quando ela falou isso, eu fiquei sem reação, porque foi algo que eu nunca imaginei estar passando, sabe? Fiquei bobo. Eu não sorria, eu não chorava, eu fiquei aéreo”, relata Willy.
De volta a Goiás, ele buscou apoio no programa Meu Pai tem Nome, da Defensoria Pública do Estado de Goiás. Os exames de DNA confirmaram a paternidade e, com base no resultado, a Justiça reconheceu legalmente a multiparentalidade. Assim, Willy pôde incluir o sobrenome Braña em seus documentos, sem perder o vínculo afetivo com o pai que o criou.
“Eu sou filho único. Só Deus sabe o que é ser criado só. Eu nunca tive a companhia de um irmão, eu fui só. E eu sempre falava para minha esposa que eu nunca ia ser tio”, desabafa Willy, agora emocionado por ter encontrado uma nova família acreana.
“Eu espero que essa nossa história inspire outras pessoas. A gente sabe que não é um caso único. O filho tem direito de saber quem é seu pai biológico. O pai afetivo continua sendo pai, mas o filho precisa conhecer sua origem.”
Com informações do site Mais Goiás