A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) foi alvo de uma ação violenta da Polícia do Congresso Nacional (DPOL) e da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante a marcha do Acampamento Terra Livre (ATL), realizada nesta quarta-feira (10) no gramado do Congresso Nacional, em Brasília.

Deputada Célia Xakriabá foi agredida com spray de pimenta e bombas durante marcha indígena em Brasília/Foto: Reprodução
Em relato nas redes sociais, a parlamentar afirmou ter sido agredida com spray de pimenta e bombas de efeito moral, mesmo após se identificar como deputada. “Fui impedida de sair do local, constrangida, agredida e precisei de atendimento médico na Câmara dos Deputados”, escreveu.
Célia também denunciou o que classificou como racismo institucional e violência política de gênero. “Esse episódio escancara o que temos denunciado há muito tempo: a violência do Estado contra os povos originários e o racismo institucional que marca as estruturas de poder deste país. Também é violência política de gênero, num país em que ser mulher indígena no Parlamento é resistir diariamente ao apagamento.”
A repressão policial contra os indígenas foi amplamente criticada nas redes sociais. A postagem da deputada recebeu uma onda de apoio de usuários indignados com a atuação da polícia. Muitos relembraram a ausência das forças de segurança durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 e questionaram a seletividade da atuação policial.
Célia finalizou sua publicação com um posicionamento firme: “Nós não vamos recuar. Não vamos nos calar diante da truculência. Nossa voz ecoa por centenas de povos e territórios, e não será silenciada por bombas nem pelo autoritarismo.”
Veja o vídeo: