Aos poucos, chapa de Alan Rick vai se formando; aliados colocam Jarude como possível favorito a vice

Fontes ouvidas pela coluna confirmam: Jarude já é considerado, hoje, o favorito para ocupar a vaga de vice-governador numa eventual chapa encabeçada por Alan

Se alguém ainda duvida que o deputado estadual Emerson Jarude (Novo) está se movimentando para voos mais altos em 2026, basta observar sua agenda. E, mais importante: com quem ele tem dividido essa agenda. Nos bastidores da política acreana, a leitura é unânime — Jarude está cada vez mais próximo do senador Alan Rick (União Progressista), que articula sua pré-candidatura ao governo do Estado.

Fontes ouvidas pela coluna confirmam: Jarude já é considerado, hoje, o favorito para ocupar a vaga de vice-governador numa eventual chapa encabeçada por Alan.

Alan Rick está cada vez mais próximo do deputado Emerson Jarude/Foto: Reprodução

O motivo vai além da afinidade política. A parceria atende a um cálculo estratégico: Alan estaria querendo um nome que represente renovação, mas com base eleitoral sólida e trânsito entre os eleitores de centro e direita — atributos que Jarude tem cultivado desde sua eleição para a Assembleia Legislativa com forte discurso de oposição.

Os dois têm sido vistos juntos com frequência em eventos públicos, encontros institucionais e até visitas a municípios do interior. A movimentação não tem passado despercebida pelos aliados — nem pelos adversários.

“Eles estão testando a dobradinha”, confidenciou um político de centro-direita com trânsito entre os dois.

Contudo, mesmo com as especulações, Alan desconversa sobre o assunto.

Renovação!

Para Alan, Jarude oferece algo que poucos nomes da política local conseguem entregar: apelo jovem, discurso antipolítica tradicional e, ao mesmo tempo, experiência em mandatos. Para Jarude, uma vice pode ser o passo natural depois de consolidar sua atuação na ALEAC como um dos deputados mais combativos da atual legislatura.

Outro nome!

Nos bastidores da política acreana, um movimento silencioso, mas significativo, começou a ganhar forma esta semana: o senador Alan Rick (União Brasil) abriu oficialmente a temporada de articulações para 2026.

E o primeiro gesto concreto veio em forma de uma conversa política com a deputada federal Mara Rocha, pré-candidata ao Senado.

Mara e Alan durante encontro na última semana/Foto: Reprodução

O encontro foi visto por aliados como um sinal claro de que Alan Rick pretende sair do campo da especulação para estruturar sua própria chapa rumo ao Governo do Acre. A conversa entre os dois girou em torno de possíveis alinhamentos e composição de palanque. Ambos negam qualquer decisão fechada, mas interlocutores de ambos os lados confirmam: a política de alianças já está em construção.

Mara Rocha, que disputou o governo em 2022 e ficou fora do segundo turno, segue determinada a tentar uma vaga no Senado em 2026. Com bom desempenho eleitoral e forte presença nas redes, seu nome aparece como peça-chave para uma chapa majoritária.

Merece os créditos

Por mais que a política nacional às vezes seja movida a holofotes e notas oficiais, nos bastidores da diplomacia regional quem faz a diferença, muitas vezes, é quem começa o trabalho quando ele ainda parece invisível. É o caso do deputado federal Luiz Gonzaga (PSDB-AC), que agora vê o Brasil começar a colher os frutos de um projeto de integração que ele ajudou a plantar há anos: a ligação bioceânica entre Brasil e Peru, passando pelo Acre.

Nos últimos dias, o governo federal intensificou a narrativa sobre a importância da rota bioceânica e o papel do Brasil nesse corredor estratégico que liga o Atlântico ao Pacífico, com destaque para a aliança com o Peru. Mas, entre conversas reservadas com autoridades peruanas, reuniões de bastidores e articulações intergovernamentais, Gonzaga já era uma figura conhecida — e respeitada — nesse tabuleiro desde antes do tema entrar no radar de Brasília.

Gonzaga teria inclusive bancado politicamente, dentro do próprio estado, a ideia de que o Acre poderia ser um elo logístico internacional — em um momento em que poucos apostavam nisso. “Ele falava da bioceânica quando muita gente ainda achava que era devaneio”, diz um interlocutor.

Agora que o projeto avança e começa a ganhar manchetes, a movimentação é para garantir que os créditos não sejam diluídos nas entrelinhas. Gonzaga, segundo aliados, quer reconhecimento, sim — mas não apenas por vaidade: o deputado trabalha para manter o Acre como protagonista na rota, e não apenas como um caminho de passagem.

Outro destaque

Enquanto Brasília olha para os corredores internacionais, quem percorre o chão do Acre sabe que a prioridade imediata tem outro nome: BR-364. A rodovia, principal artéria de ligação do estado, está intragável — e o deputado Luiz Gonzaga tem sido, nos bastidores, o principal nome na luta pela sua manutenção.

Parlamentares da bancada acreana reconhecem que, apesar dos discursos de vários setores, é Gonzaga quem vem puxando a interlocução mais incisiva com o DNIT e o Ministério dos Transportes.

Alerta nos comunistas!

o PCdoB está enfrentando dificuldades concretas para montar uma chapa competitiva para a Câmara dos Deputados em 2026. A conta não fecha, e quem pode sair prejudicada com isso é justamente o maior nome do partido no estado — a ex-deputada federal Perpétua Almeida.

Segundo fontes próximas ao partido, a dificuldade não é apenas de nomes, mas de nomes com densidade eleitoral suficiente para garantir o quociente necessário. A legenda corre o risco de entrar numa disputa desigual, sem o mínimo necessário para viabilizar uma cadeira na bancada federal. Com isso, Perpétua, que foi deputada por quatro mandatos e chegou a ser vice-líder de governo na Câmara, pode acabar sem palanque competitivo para tentar voltar a Brasília.

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