Em uma operação conjunta entre a Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen da Bolívia e a Polícia Federal brasileira, Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, foi preso na tarde de sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra.
Acusado de liderar atividades do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora dos presídios e de envolvimento em esquemas internacionais de lavagem de dinheiro, Tuta estava foragido e constava na lista de difusão vermelha da Interpol.

Chefão do PCC, “Tuta”, é preso na Bolívia após anos foragido e cooperação com a PF/Foto: Reprodução
A prisão de Marcos Roberto de Almeida, o “Tuta”, representa um golpe significativo contra o crime organizado transnacional. Detido por uso de documentos falsos, Tuta é apontado como um dos principais articuladores de esquemas internacionais de lavagem de dinheiro vinculados ao PCC. Além disso, ele foi recentemente condenado por associação criminosa e lavagem de capitais.
Em 2020, uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Militar tentou prender membros do PCC, incluindo Tuta. Na ocasião, quatro suspeitos foram detidos e um morreu em confronto com os policiais, mas Tuta conseguiu escapar. Posteriormente, surgiram rumores de que ele teria sido executado pelo tribunal do crime por ordenar a morte de outro membro da organização, Nadim Georges Hanna Awad Neto, o “Nadim”, que falhou em uma missão de resgate de líderes do PCC em penitenciárias federais. Entretanto, o próprio PCC desmentiu a execução, informando que Tuta havia sido expulso da facção por má conduta e falta de responsabilidade.
Atualmente, Tuta permanece sob custódia das autoridades bolivianas, aguardando os procedimentos legais que poderão resultar em sua expulsão ou extradição para o Brasil. A cooperação entre as forças de segurança dos dois países foi fundamental para a captura do criminoso, destacando a importância da colaboração internacional no combate ao crime organizado.