O fenômeno dos bebês reborn, bonecos hiper-realistas que imitam crianças de verdade, tem gerado polêmica nas redes sociais e até mesmo na Câmara dos Deputados. Em entrevista, o psiquiatra Daniel Barros explicou os possíveis riscos e contextualizou a situação.
Segundo o especialista, o apego a esses bonecos não é um fenômeno recente, existindo há mais de uma década. Barros ressalta que as pessoas costumam se apegar a diversos objetos, como canetas e livros, e que o caso dos bebês reborn não é diferente.
Fantasia vs. Realidade
O psiquiatra enfatiza que, na maioria dos casos, as pessoas que dão nomes e até documentos aos bonecos estão apenas brincando e não perderam o contato com a realidade. “Elas não perderam o contato com a realidade, elas estão brincando”, afirma Barros.
No entanto, o especialista alerta que a situação se torna preocupante quando a pessoa passa a acreditar que o boneco é real. “O problema está quando a pessoa coloca uma realidade que não existe, que ele [o bebê reborn] é realmente o seu filhinho e que ele precisa de cuidados.”. Contudo, reforça que não acredita que essas pessoas sejam maioria.