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Carla Zambelli, que vem pedindo Pix nas redes sociais, arrecadou mais de R$ 160 mil em um dia

Por Tião Maia, ContilNet

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada à perda de mandato e há dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que vem pedindo Pix nas redes sociais para pagar dívida de multas judiciais superiores a R$ 4 milhões, anunciou, nesta quarta-feira (21), ter arrecadado, em um único dia, mais de R$ 166 mil, por meio de doações feitas por apoiadores e seguidores.

Carla Zambelli, que vem pedindo Pix nas redes sociais, arrecadou mais de R$ 160 mil em um dia. Foto: Reprodução

A campanha de arrecadação foi iniciada pela parlamentar na manhã da última segunda-feira (19), e, ao final do dia, ela publicou uma foto de sua conta bancária, mostrando o saldo. Zambelli disse, no entanto, que o montante ainda não é suficiente para o pagamento da dívida.

“Esse valor não cobre nem de longe as multas milionárias que o STF está tentando me impor: mais de R$ 4 milhões, além da perda do meu mandato”, escreveu. A parlamentar alega ser vítima de perseguição política.

“Se você acredita na minha luta, se entende que o que está em jogo é muito maior do que uma condenação injusta, me ajude”, pediu Zambelli em publicação no Instagram.

Carla foi condenada pelo STF por coordenar invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o hacker Walter Delgatti em 2023. Os dois terão que pagar R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos.

A decisão também estabeleceu multas individuais de cerca de R$ 2,1 milhão para a deputada e de aproximadamente R$ 520 mil para o hacker. Os valores exatos ainda serão calculados no processo.

Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli “comandou” e ajudou no “planejamento” do ataque cibernético. O hacker confessou os crimes.

O advogado Daniel Bialski, responsável pela defesa da deputada, afirmou que apresentará com um embargo de declaração e criticou o julgamento do STF em formato virtual. Segundo ele, o vídeo rebatendo pontos da acusação teria sido assistido somente pelo ministro relator, Alexandre de Moraes.

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