China vai investir até R$ 27 bi no Brasil; veja as áreas e tecnologias envolvidas

Países oficializaram novos acordos que movimentam setores como carros, energia e delivery

A China oficializou a intenção de investir até R$ 27 bilhões no Brasil em diversas áreas. A informação foi confirmada por ambos os governos nesta segunda-feira (12), no encerramento da conferência Fórum Empresarial Brasil-China.

Com presença do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, além de vários líderes do governo chinês e empresários de ambos os países, o evento oficial fortaleceu a parceria entre as nações e abriu novas portas comerciais em diferentes setores.

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“China e Brasil são parceiros estratégicos e atores fundamentais nos temas globais.” Apostamos na redução das barreiras comerciais e queremos mais integração”, disse Lula.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante audiência concedida ao Presidente da Envision, Lei Zhang.Hotel St. Regis, Pequim - China.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante audiência concedida ao Presidente da Envision, Lei Zhang. Hotel St. Regis, Pequim – China. Foto: Ricardo Stuckert / PR

No evento, foi revelado que 25% das importações feitas pelo Brasil são de produtos ou materiais vindos da China. Esse é o mesmo percentual de importação de produtos brasileiros pelo país asiático no setor de produção agrícola e agropecuária.

Em que áreas a China vai investir no Brasil?

Os investimentos chineses foram feitos a partir do trabalho da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Vários tiveram o contrato já assinado no evento pelas partes envolvidas, mas não há maiores detalhes sobre datas de início das operações.

Os principais acordos incluem os seguintes projetos e valores:

  • A companhia de delivery Meituan chegará em definitivo ao país a partir da marca Keeta com um investimento de R$ 5 bilhões;
  • DiDi, empresa chinesa dona do app de transportes 99, vai retornar ao delivery nacional e também construir 10 mil pontos públicos de recarga para veículos elétricos;
  • A montadora GWM vai investir R$ 6 bilhões no país para expandir as operações como um todo, tornando o Brasil o polo de exportação também para toda a América do Sul e o México;
  • CGN, estatal chinesa de energia, terá um centro de energia renovável no Piauí. O projeto de R$ 3 bilhões inclui geração e formas de armazenamento de energia eólica, solar e termosolar;
  • A empresa de tecnologia verde Envision vai construir “o primeiro Parque Industrial Net-Zero da América Latina”, incluindo investimentos de R$ 5 bilhões em combustíveis sustentáveis;
  • Mixue, uma empresa de bebidas, vai chegar ao Brasil com investimento de R$ 3,2 bilhões e comprar produtos nacionais;
  • A empresa de semicondutores Longsys vai aumentar as operações em território nacional e ampliar as fábricas em São Paulo e Amazonas por R$ 650 milhões;
  • Acebright, Aurisco e Goto Biopharm fecharam parceria com a brasileira Nortec Química para ter uma plataforma de insumos farmacêuticos por R$ 350 milhões.

Além dos acordos acima, há também parcerias comerciais que envolvem o café brasileiro, o cinema nacional e a venda de produtos nossos no varejo local. A lista completa pode ser conferida no site do Palácio do Planalto.

Para além do encontro com empresários, Lula ainda vai se reunir com o presidente da China, Xi Jinping. Há também planos em relação a áreas como turismo que podem ser debatidos. O Brasil também está interessado em atrair empresas que pretendem construir novos data centers, como a ByteDance, dona do TikTok.

 

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