A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas, em andamento no Senado desde novembro de 2024, intensificou os trabalhos nesta semana ao ouvir influenciadores digitais envolvidos com plataformas de apostas online. O foco da investigação está nas empresas como VaideBet e Bet7K, que podem ter utilizado criadores de conteúdo em ações publicitárias com indícios de ilegalidade, como lavagem de dinheiro e propaganda irregular.
O depoimento mais recente foi o de Virginia Fonseca, que compareceu à comissão nesta terça-feira (13), amparada por um habeas corpus do STF que garantiu seu direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminar. Mesmo assim, ela compareceu como testemunha. A influenciadora tem mais de 55 milhões de seguidores nas redes e está entre os nomes mais visados pela CPI.
Entre os nomes já convocados ou convidados estão artistas e influenciadores como Gusttavo Lima, Viih Tube, Felipe Neto, Jojo Todynho, Tirulipa, Gkay, Eliezer, Rodrigo Mussi e Felipe Prior / Reprodução
Nesta quarta-feira (14), a comissão ouve o influenciador Rico Melquiades, ex-A Fazenda, que também teve garantido o direito de permanecer calado. Embora não seja investigado formalmente, sua presença foi considerada obrigatória. Outro caso que gerou repercussão foi o da advogada Adélia de Jesus, representante de Deolane Bezerra, que obteve liminar para não comparecer, mas segue sendo foco de interesse da CPI.
Entre os nomes já convocados ou convidados estão artistas e influenciadores como Gusttavo Lima, Viih Tube, Felipe Neto, Jojo Todynho, Tirulipa, Gkay, Eliezer, Rodrigo Mussi e Felipe Prior. Muitos ainda aguardam a definição de datas para seus depoimentos, apesar da proximidade do fim da CPI, previsto para junho.
A CPI quer entender como influenciadores participaram da divulgação de casas de apostas e se houve violação das regras fiscais, publicitárias ou até envolvimento com organizações criminosas — Foto: Reprodução/Carolina Brasil
A CPI quer entender como influenciadores participaram da divulgação de casas de apostas e se houve violação das regras fiscais, publicitárias ou até envolvimento com organizações criminosas. A comissão também pretende apurar a criação de empresas ligadas a essas plataformas e o fluxo financeiro gerado por influenciadores.
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Parte dessas convocações foi aprovada ainda em 2024, mas os depoimentos estão sendo marcados conforme a disponibilidade da comissão. O caso de Virginia Fonseca ilustra essa dinâmica: convocada no ano passado, ela foi ouvida apenas agora, meses depois.
Com a reta final da investigação se aproximando, o Senado aposta nos próximos depoimentos para esclarecer o papel dos influenciadores nesse mercado bilionário e avaliar se houve uso indevido da imagem pública para atrair apostadores de forma irregular. A CPI também quer entender como funciona a publicidade dessas plataformas e os impactos disso na sociedade.