Desde 2010, o Acre já recebeu R$236 milhões do Fundo Amazônia para a execução de dez projetos voltados à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável. Os recursos são geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Isso significa que as florestas, aos invés de absorverem gás metano, passam a produzi-lo e aumenta ainda mais o calor e as secas na região/Foto: Reprodução
Do total investido no estado, R$179 milhões (75%) foram destinados a projetos diretamente contratados com o governo estadual e R$57 milhões (25%) repassados a organizações do terceiro setor. As iniciativas apoiadas incluem ações de combate ao desmatamento, fortalecimento institucional, valorização dos ativos florestais e gestão ambiental.
Entre os projetos contratados com o governo do Estado, três já foram concluídos: o que implementou o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que fortaleceu a estrutura do Corpo de Bombeiros e o que implantou a Política de Valorização do Ativo Ambiental. O quarto projeto, em andamento desde 2023, é coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e tem como foco a redução do desmatamento ilegal.
Intitulado “Rumo ao Desmatamento Ilegal Zero no Acre”, o projeto da Seplan recebeu R$ 97,8 milhões, o maior valor já destinado ao estado por meio do Fundo, e está previsto para ser concluído em 2028. Até o momento, R$21,4 milhões já foram desembolsados, sendo R$2,5 milhões aplicados em equipamentos e veículos para reforçar a estrutura do Corpo de Bombeiros, incluindo três caminhonetes ARF, dois veículos leves, uma ambulância e uma impressora de mapas.
A nova fase de investimentos do Fundo Amazônia também contempla o terceiro setor. Em 2023, foi firmado um contrato com a Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj), no valor de R$33,7 milhões, para promover a gestão territorial e ambiental integrada das terras indígenas da região. Já foram liberados R$27,1 milhões para o projeto, que visa fortalecer a rede de organizações indígenas, garantir segurança alimentar, promover a valorização cultural e proteger os territórios e a floresta.