O aposentado José Xavier de Araújo, 69 anos, conhecido popularmente como “Chita”, testemunhou várias páginas da história de Sena Madureira, município do interior do Acre que tem 120 anos de fundação. Uma delas foi na década de 1970 quando ainda não existia a ponte José Nogueira Sobrinho que corta o Rio Iaco.
Com a abertura da estrada ligando Sena Madureira a Rio Branco, feita pelo BEC, a população se deparou com um novo problema: A travessia do Rio Iaco. Sem ponte, os carros que trafegavam nesse trecho eram atravessados em canoas. Anos depois é que o próprio BEC arrumou uma balsa para “facilitar” a passagem.

Seu Chita testemunhou momentos históricos de Sena Madureira/ Foto: ContilNet
“Foi um momento muito difícil. Realmente, a gente atravessava os carros em canoas. Enquanto a ponte não saiu, era um Deus nos acuda. Naquela época, tinha a F75 que transportava passageiros e cargas pela BR, aí não tinha outra alternativa”, relembrou.
Ele disse que alguns acidentes aconteceram, mas, felizmente, não houve vítima fatal. “Alguns carros caíram no Rio Iaco. Era um grande sufoco. As coisas só melhoraram com a construção da ponte José Nogueira Sobrinho. Foi uma benção para todos nós. Ainda hoje, mesmo passados todos esses anos, ainda me lembro muito bem porque trabalhei nessa travessia”, frisou.
Em 1986 foi construída a ponte metálica José Nogueira Sobrinho, o que representou o fim do sofrimento, tanto para quem mora em Sena Madureira como também para quem reside em outros municípios, mas que utiliza a BR-364.
Além dessa, recentemente Sena Madureira foi contemplada com outra ponte construída sobre o Rio Iaco. Trata-se da ponte Frei Paolino Baldassari que fica na região do Segundo Distrito, uma demanda antiga dos moradores que foi sanada na administração do governador Gladson Cameli.