Maçonaria de Cruzeiro do Sul homenageia Coronel Mâncio Lima nos 150 Anos de seu nascimento

Coronel é relembrado com honra na data em que se comemora o sesquicentenário de seu nascimento, ocorrido em 21 de maio de 1875

A Loja Maçônica Fraternidade Acreana, fundada em Cruzeiro do Sul no ano de 1907 por Craveiro Costa, Thaumaturgo de Azevedo, Thomé Rodrigues e outros vultos históricos e pioneiros da região, presta, neste dia 21 de maio de 2025, uma justa e solene homenagem a uma figura extraordinária de nossa história: o Coronel Mâncio Agostinho Rodrigues Lima.

Maçonaria de Cruzeiro do Sul homenageia Coronel Mâncio Lima nos 150 Anos de seu nascimento. Foto: Reprodução

Ilustre membro da Maçonaria e Venerável Mestre desta Loja, ele é relembrado com honra na data em que se comemora o sesquicentenário de seu nascimento, ocorrido em 21 de maio de 1875, na cidade de São Bernardo de Russas, no Estado do Ceará.

Filho de Vicente Rodrigues Lima e Maria Senhorinha da Fonseca Lima, desde jovem Mâncio Lima dedicou-se ao trabalho no comércio e posteriormente à pecuária. Seu primeiro contato com a Amazônia ocorreu em Belém, no Pará, e, após uma passagem de negócios pelo Amazonas, adquiriu um seringal nas terras então em litígio do Acre.

Em 11 de maio de 1899, chegou ao Seringal Centro Brasileiro, estabelecendo-se na região que passaria a ser parte do Brasil apenas em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis.

Quando o Marechal Thaumaturgo de Azevedo fundou a cidade de Cruzeiro do Sul, em 28 de setembro de 1904, o coronel Mâncio Lima já era uma liderança reconhecida no Alto Juruá. A partir dali, consagrou sua vida ao desenvolvimento da terra que escolheu como lar, tornando-se um verdadeiro benfeitor da região.

Durante sua gestão como o 12º prefeito de Cruzeiro do Sul, entre os anos de 1927 e 1934, deixou um legado notável: a implantação do Campo de Aviação (no atual bairro Aeroporto Velho, com o apoio da Loja Maçônica Fraternidade Acreana), a criação da agência do Banco do Brasil, a construção do Mercado Público Municipal, da sede própria da Prefeitura e da Santa Casa de Misericórdia, também com decisiva atuação da Maçonaria.

Foi responsável ainda pela abertura da primeira estrada que ligava Cruzeiro do Sul à antiga Vila Japiim, hoje município de Mâncio Lima, além de outros projetos estruturantes que marcaram para sempre o desenvolvimento do Vale do Juruá.

Na Maçonaria, Mâncio Lima foi um dos mais destacados Veneráveis da Fraternidade Acreana, a mais tradicional Loja da Amazônia Ocidental, que desde 1907 jamais interrompeu suas atividades.

Por meio desta instituição, buscou recursos e alianças nos altos escalões da então República Velha, viabilizando importantes obras para Cruzeiro do Sul. Participou ativamente do primeiro Movimento Autonomista da região, surgido no seio da própria Loja Fraternidade Acreana.

Em 21 de maio de 1975, por ocasião do centenário de seu nascimento, os maçons da Fraternidade Acreana realizaram a exumação dos restos mortais do coronel, falecido em 22 de julho de 1950, e organizaram uma sessão fúnebre no templo da instituição, situado na Avenida 15 de Novembro.

O cortejo seguiu para a Praça Visconde do Rio Branco, atual Praça da Bandeira, onde, com apoio do 7º Batalhão de Engenharia e Construção, os restos mortais foram inumados e um monumento com seu busto foi ali erguido, eternizando sua memória no coração da cidade.

Hoje, 21 de maio de 2025, quando se completam 150 anos de nascimento de Mâncio Agostinho Rodrigues Lima, a Loja Maçônica Fraternidade Acreana e o Grande Oriente do Brasil reverenciam sua trajetória com profunda admiração e gratidão.

Esta é uma homenagem digna a um homem cuja vida foi inteiramente dedicada ao progresso de Cruzeiro do Sul e do Alto Juruá, símbolo maior da bravura, do idealismo e da fraternidade maçônica na Amazônia Ocidental.

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