Um relato postado no Instagram pelo perfil @rodrigosantosescritor reacendeu o medo e a curiosidade sobre uma figura bastante conhecida em lendas brasileiras: o Nego d’Água. Segundo a história, um homem teria ido pescar sozinho à noite quando foi surpreendido por uma presença sombria dentro do rio. Olhos vermelhos, mãos geladas e um ronco vindo da água marcaram a experiência, interrompida apenas graças a velas bentas deixadas na margem do rio, como ensinamento de sua avó.
A publicação rapidamente viralizou e os comentários se tornaram um verdadeiro acervo popular de relatos semelhantes, misturando medo, fé e o imaginário coletivo.
Alguns internautas afirmaram ter passado por situações parecidas, como o caso de uma mulher que disse ter sido puxada por uma mão dentro do mar, e outra que contou que o avô foi atacado por um ser misterioso enquanto pescava. Há quem jure ter visto figuras humanas saindo da água, ouvido assovios à noite ou sentido a presença de algo estranho nas margens dos rios. Muitos disseram que os pais ou avós também tinham histórias relacionadas a seres encantados que habitariam as águas.
Enquanto alguns tratam os relatos com humor e descrença, outros defendem com firmeza que o folclore é parte real do cotidiano em regiões ribeirinhas. As tradições incluem desde acender velas, fazer orações, até oferecer cachaça ou fumo ao rio como forma de respeito ou proteção.
Com nomes variados – como caboclinho d’água, preguiça da água ou até seres semelhantes de outras culturas, como o Karai Pyhare no Paraguai – a lenda do Nego d’Água segue viva, seja no medo, na fé ou nas lembranças de família. E, como alguns comentaram: “Folclore nenhum foi inventado do nada”.