A Universidade Federal do Acre (Ufac) inaugurou, na tarde de quarta-feira (28), o Laboratório de Estudos Integrados em Biodiversidade e Economia da Amazônia, uma iniciativa que une ciência, tecnologia e saberes tradicionais para promover soluções sustentáveis alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

O laboratório representa um grande avanço para a Ufac/Foto: Cedida
Coordenado pelas doutoras Almecina Balbino Ferreira e Marilene Santos de Lima, o novo espaço representa um avanço significativo na infraestrutura científica da região, com foco na valorização da biodiversidade e no fortalecimento da bioeconomia.
Com uma proposta multidisciplinar, o laboratório visa integrar conhecimento científico ao uso sustentável dos recursos naturais da floresta.
A doutora Almecina lidera os estudos de identificação e aproveitamento sustentável de espécies amazônicas com potencial para as áreas de biotecnologia, farmacologia, cosméticos e alimentos. Já a doutora Marilene atua na pesquisa de modelos econômicos, ambientais e sociais que favoreçam o cultivo e a transformação de bioprodutos.
O novo centro de pesquisa foi concebido para facilitar o intercâmbio entre especialistas de diferentes áreas, aproximando a ciência da sociedade e incentivando políticas públicas sustentáveis.
Entre os ODS diretamente impactados pelo projeto estão: vida terrestre (ODS 15), trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8), consumo e produção responsáveis (ODS 12) e ação contra a mudança do clima (ODS 13).

A inauguração aconteceu na tarde de quarta-feira/Foto: Cedida
“Nossa atuação é pautada pelo trabalho coletivo, com responsabilidade, ética e profundo respeito ao ser humano e ao território amazônico. Estamos comprometidos com uma ciência que transforma”, afirmaram as coordenadoras.
Almecina ressalta que o laboratório representa um importante passo para o fortalecimento da ciência na Amazônia e anuncia projetos com financiamento já aprovado que permitirão ações diretas ao lado do produtor rural.
“Temos projetos aprovados com financiamento que nos permitem atuar diretamente ao lado do produtor rural, especialmente no cultivo de hortaliças e Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs). A proposta é inovar o sistema de produção agrícola com o uso de insumos originários da nossa própria região, respeitando as características locais e promovendo a sustentabilidade. Vamos trabalhar desde o cultivo até a transformação desses alimentos, desenvolvendo produtos proteicos e farinhas à base de plantas. Isso não apenas valoriza a biodiversidade amazônica, mas também gera conhecimento aplicado, novas oportunidades econômicas e alternativas alimentares mais saudáveis para a população”, explica.