Casa de abrigo para migrantes em Rio Branco enfrenta superlotação; maioria é de venezuelanos

O local tem capacidade para 50 pessoas, mas atualmente acolhe 61, a maioria de nacionalidade venezuelana

O número de migrantes que chegam ao Acre ainda é considerável. Prova disso é que a Casa de Passagem Abrigo para Migrantes de Rio Branco está enfrentando uma superlotação.

A informação foi dada pela coordenadora do espaço, Carla Adriana Santos, durante a cerimônia de posse dos novos membros do Comitê Estadual de Apoio aos Migrantes, Apátridas e Refugiados (Ceamar/AC), realizada nesta terça-feira (10), no auditório do Museu dos Povos Acreanos.

Casa de abrigo para migrantes em Rio Branco/Foto: Reprodução

O local tem capacidade para 50 pessoas, mas atualmente acolhe 61, a maioria de nacionalidade venezuelana.

“Essa política vai muito além de um bom acolhimento, de fato, pelo qual nós primamos. Ajudamos os migrantes no tempo em que estão conosco, para que tenham autonomia em sua jornada migratória, regularizando-os administrativamente, oferecendo saúde quando chegam necessitados”, disse Carla em entrevista à Agência de Notícias do Acre.

Comitê

Quem participou da posse foi a vice-governadora Mailza Assis. Ela destacou que a nova formação do comitê simboliza muito mais do que uma renovação de membros.

“É a reafirmação do nosso compromisso com a dignidade humana. Cada migrante que cruza nossas fronteiras não traz apenas necessidades, mas também saberes, memórias, fé e esperança. O Ceamar é mais do que um comitê, é um espaço em que Estado e sociedade se encontram para garantir pertencimento”, disse.

Governo empossou os novos membros do Ceamar. Foto: Neto Lucena/Secom

“Acolher é mais do que oferecer abrigo. É garantir respeito e dignidade. Acreditamos em um Acre mais justo, humano e inclusivo, com a participação de todos”, acrescentou.

Após a entrega dos termos de posse, foi realizada a eleição da nova presidência do comitê. O chefe das divisões de Apoio a Migrantes e Refugiados, Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo da SEASDH, Lucas Guimarães, foi eleito presidente para o biênio 2025–2027. A vice-presidência ficou com Amilson Limeira Filho, da Comissão de Relações Internacionais da OAB/AC, e Kethylin Thauanne Diógenes foi empossada como secretária executiva do Ceamar.

Criado em 2020, o Ceamar/AC é um órgão consultivo, deliberativo e de articulação institucional vinculado à SEASDH, e reúne representantes de mais de 20 instituições públicas e entidades da sociedade civil, além de organismos como a ONU para Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Entre as atribuições do comitê estão a orientação e o acompanhamento de políticas públicas voltadas à população migrante, a prevenção de violações de direitos, o apoio à criação de comitês municipais e a articulação de campanhas educativas.

Com informações da Agência de Notícias do Acre.

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